Será realizada na próxima quinta-feira, 08, às 13h, na sede dos Comitês da Bacia do Rio Doce, a assinatura do Contrato de Transferência de Recursos Financeiros com os municípios de Guanhães, João Monlevade, Manhuaçu, Raul Soares, na porção Mineira e Itaguaçu na porção Capixaba. O objetivo é a execução de ações referentes ao Programa de Redução de Perdas no Sistema de Abastecimento Público de Água – P23, por meio do qual serão realizados investimentos para elaboração de projetos pilotos de implantação de Sistemas de Gerenciamento de Perdas de Água em sistemas de abastecimento de água utilizando inteligência artificial.

O Programa tem o objetivo de reduzir as perdas reais e aparentes nos sistemas de abastecimento de água dos municípios pertencentes à bacia do rio Doce. Para o presidente do CBH-Doce, Flamínio Guerra, a assinatura é um grande marco para o Comitê. “É importante para incentivar o uso racional da água, por meio da melhoria do controle dos sistemas de abastecimento e redução de perdas”, destaca.

O técnico da Escola de Projetos e gestor do plano, Alex Cardoso, destaca que a seleção dos municípios foi feita por meio do Edital de Chamamento, no qual os municípios puderam se inscrever e selecionados, conforme documentação exigida. “Na área onde será implementado o projeto piloto serão feitas pesquisas de campo para identificação e avaliação das perdas, bem como implementadas ações de combate a elas, cujos resultados servem de base para proposição de um plano global ao operador do sistema de abastecimento de água”, destaca.

A instalação dos equipamentos contém sensores que viabilizarão o envio das informações em tempo real para a central. “Esses dados são compilados e tratados por meio de Software. Assim, o município consegue tratar essa perda visível ou não visível – como, por exemplo, aquelas existentes em tubulações enterradas, as quais não podem ser identificadas a olho nu e, também, as comerciais, como as fraudes”, explica.

O PROGRAMA

O P23 é dividido em duas fases: projeto e implantação do programa. Na primeira etapa ocorre a elaboração de Plano de Trabalho em parceria com os municípios; a avaliação técnica da região para determinação das ações e investimentos necessários; a capacitação contínua dos parceiros envolvidos no programa; e a determinação da quantidade e localidade para a implementação dos sensores em campo.

Já na segunda na fase, que contempla a operacionalização do programa e monitoramento, haverá a implantação do sistema de gerenciamento de perdas, por meio do qual deverá ser fornecido ao município, para a área onde vier a ser instalado, os seguintes dados: pressões máximas e mínimas na rede nos pontos analisados; detecção de vazamentos; horários de maior consumo; episódios de desabastecimento de água; regiões que estão operando fora das recomendações de engenharia e agências reguladoras e falhas de equipamentos na rede (VRPs – Válvulas Redutoras de Pressão e/ou macromedidores).

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