Segundo os dados apresentados pelo relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS) referentes ao uso de tabaco em 2022, cerca de 20,9% da população global com 15 anos ou mais utilizou algum tipo de tabaco atualmente. Desse total, 80% eram fumantes atuais, representando uma prevalência de fumo de 16,7%. Dentre os fumantes, 89% eram fumantes de cigarros, com uma prevalência de fumo de cigarro de 15,0%.

Em relação aos usuários de tabaco por gênero, a pesquisa apontou que, em 2022, a prevalência de uso atual de tabaco entre os homens com 15 anos ou mais foi de 34,4%. Destes, 83% consumiam produtos de tabaco fumado, com uma prevalência global de 28,4%. A maioria desses homens utilizava cigarros, representando 90% do total, com uma prevalência de 25,5%. Já entre as mulheres da mesma faixa etária, 7,4% eram usuárias de tabaco. Embora em menor proporção que os homens, 69% delas utilizavam algum tipo de tabaco fumado, com uma prevalência de 5,1%.

Em termos absolutos, o relatório apontou que em 2022 houve cerca de 1,245 bilhão de usuários de tabaco no mundo, dos quais 995 milhões eram fumantes atuais. Dentre os fumantes, aproximadamente 890 milhões utilizavam cigarros. A pesquisa também revelou disparidades regionais significativas, com as regiões do Sudeste Asiático e do Pacífico Ocidental apresentando as maiores proporções de fumantes em relação ao uso total de tabaco.

Em termos de regiões da OMS, o documento aponta que a Europa teve a maior proporção de fumantes entre os usuários de tabaco, com 25,3% de toda a população com 15 anos ou mais utilizando tabaco atualmente, sendo quase todos fumantes de cigarros. Por outro lado, a região do Sudeste Asiático apresentou a menor proporção de fumantes entre os usuários de tabaco, com apenas 26,5% utilizando produtos de tabaco fumado.

Sobre o assunto, Miler Nunes Soares, médico psiquiatra e responsável pela Clínica de Recuperação de Drogas Granjimmy, disse que é crucial adotar uma abordagem abrangente que inclua medidas de prevenção, tratamento e redução de danos. Isso pode envolver não apenas a implementação de políticas de controle do tabaco mais rígidas, como aumentar os impostos sobre produtos de tabaco e promover ambientes livres de fumo, mas também investimentos em programas de cessação do tabagismo e pesquisa sobre alternativas menos prejudiciais. “A luta contra o tabagismo é uma batalha contínua que requer um compromisso global e coordenado. Com a implementação de políticas eficazes e o apoio de iniciativas de saúde pública, podemos trabalhar para reduzir significativamente a prevalência do tabagismo, como é feito na nossa unidade da Clínica de Recuperação em Mato Grosso, e melhorar a saúde e o bem-estar de milhões de pessoas em todo o mundo”.

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