Indústria paranaense de alimentos propõe projetos pioneiros para gerir consumo de água na fábrica



Na Alegra, medidores monitoram o fluxo hídrico 24h por dia, com levantamentos dos setores com maior gasto. Foto: Divulgação

Em meio a uma situação de emergência hídrica no Paraná, ações sustentáveis se tornaram ainda mais necessárias. De acordo com a Sanepar, esta é a pior estiagem dos últimos 100 anos e o nível dos reservatórios que abastecem Curitiba e Região está em 43%.

Na Alegra, indústria de alimentos de origem suína, a crise no abastecimento não afetou a produção porque toda a água utilizada é captada e tratada em uma estação própria. Apesar disso, a busca por formas de gerir melhor o uso da água e também evitar desperdícios é diária.

De acordo com o Supervisor da Estação de Tratamento de Águas e Efluentes da Alegra, Rogério Rodrigues Penaroti, gráficos são usados para monitorar em tempo real o volume de consumo na fábrica. “Nós temos medidores que monitoram o fluxo hídrico 24h por dia, com esses dados conseguimos fazer levantamentos de onde precisamos melhorar, quais setores têm um gasto maior e facilita também a identificação de falhas, como vazamentos”, explica.   

A empresa também apresentou novos projetos para gerar mais economia e também nos processos de reutilização de água no setor. “Por determinações sanitárias, as águas que atendem os padrões de reutilização não podem ser aplicadas em todos os setores da produção. Por isso, fizemos uma proposta para usarmos na lavagem de caminhões e recepção de suínos, por exemplo, que hoje ainda não é liberada”, explica Penaroti.

Além disso, de acordo com o gestor, a indústria pretende aplicar uma ferramenta pioneira na área. “Criamos um projeto que pretende implementar medidores de fluxo específicos em cada setor da produção. Os aparelhos serão regulados com um valor máximo diário de consumo e emitirão um alerta no painel de controle e via e-mail, permitindo que os gestores de cada área tenham conhecimento do consumo de água em tempo real e também todas as vezes que ultrapassar o limite diário, reforçando a importância da economia na prática”, conta.

Além do cuidado contínuo, no período de estiagem a empresa também adotou medidas que ajudam na redução de consumo, como a adaptação de ponteiras nas mangueiras, orientação da equipe de higienização e maior controle do fluxo hídrico na produção e também parte externa da fábrica.

Em 2017, a Alegra conquistou o reconhecimento internacional quanto às Práticas de Bem-estar Animal no abate, tornando-se a primeira planta brasileira a receber essa certificação, pela WQS (World Quality Service).

Please follow and like us:

Deixe uma resposta

%d blogueiros gostam disto: