São Paulo – SP 1/6/2021 –

O processo de educação sobre o uso d’água nos diversos setores da sociedade precisa ser cada vez mais valorizado.

A água é um dos insumos mais valiosos para a humanidade, mineral essencial à existência de qualquer forma de vida. “No Dia Mundial do Meio Ambiente, 5 de junho, é preciso valorizar a água e compreender sua importância vital para todo o equilíbrio e funcionamento do planeta”, salienta Vininha F. Carvalho, editora da Revista Ecotour News & Negócios (www.revistaecotour.news).

A água em seu estado líquido começou a se acumular na superfície, originando os oceanos primitivos com altas concentrações de sais. Com a chuva houve o escorrimento, erosão das rochas, transporte de partículas e acúmulo nas depressões. A infiltração através da superfície formou as águas de subsolo.

Com a emersão dos continentes formaram-se as lagoas, rios, pântanos e os primeiros organismos vivos. Com a evolução das plantas começou um processo de grande liberação de oxigênio e absorção de gás carbônico nos processos fotossintéticos.

A quantidade de água na Terra é praticamente invariável há centenas de milhões de anos. Apenas 2,5% é de água doce. A situação de disponibilidade da água doce é agravada pelo fato de que, desses 2,5% existentes, 68,9% estão nas calotas polares e geleiras. Sobram então 30,8% de águas subterrâneas e 0,3% de água superficial nos rios, lagos e na atmosfera. .

O Brasil é privilegiado com a terceira maior reserva de água potável do mundo e vastos reservatórios de água subterrânea. A ampla área territorial e a localização do país proporcionam vantagens naturais, como fontes de água doce e potável equivalentes a 12% do volume disponível mundialmente. Apesar desta situação favorável, a disponibilidade regional da água apresenta significativo desequilíbrio. Com a região Norte do país concentrando 68,5% desse recurso, a região Nordeste conta com apenas 3,3% 2.

“Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 900 milhões de pessoas não têm acesso à quantidade de água mínima para as necessidades básicas e 27% da população urbana não está ligada a redes de abastecimento. Com a perspectiva de a escassez hídrica afetar dois terços do mundo até 2050, criam-se as condições ideais para um século marcado por conflitos em torno desse recurso natural”, relata Vininha F. Carvalho.

Através da Plataforma Unificada CDP-ICLEI, que busca entender como as cidades estão agindo no enfrentamento da questão hídrica, foram analisadas respostas de 293 cidades latino-americanas ao questionário de 2020 de cidades. Segundo os dados, foram identificados 1.153 perigos climáticos que impactam a América Latina. De 36 tipos de riscos, os que mais preocupam são secas (13%), tempestades (13%) e ondas de calor (8%). Esses riscos são identificados pelos municípios para identificação dos gargalos de uma resiliência climática.

A análise dos dados referentes ao Brasil indica riscos semelhantes aos da América Latina em geral, sendo os mais reportados secas (13%) e tempestades (13%), mas se diferenciam da região com a inclusão do risco de enchentes (8%), doenças causadas por vetores biológicos (7%) e deslizamentos de terra (7%). .

Segundo a Organização Mundial de Saúde, uma pessoa precisa de aproximadamente 110 litros de água por dia para higiene pessoal e consumo geral. Além do consumo direto, há também o indireto, que é o uso da água para produzir os bens que consumimos. No Brasil, o desperdício é altíssimo. De acordo com a Agência Nacional de Águas, as perdas estão em torno de 37%, incluindo vazamentos e ligações clandestinas.

A aprovação de duas legislações permitirá surgir no Brasil um enorme potencial para conseguir ampliar a oferta de água potável para a população: o novo Marco Legal do Saneamento Básico e a Política Nacional de Pagamento por Serviços Ambientais. A Política Nacional de Pagamento por Serviços Ambientais (PSA) reconhece e remunera as ações em prol da preservação ambiental.

A nova legislação vai contribuir para a significativa redução das desigualdades brasileiras, oferecendo para os cidadãos serviços de qualidade. “O Programa Produtor de Água, da Agência Nacional de Águas (ANA) propiciará um novo impulso com o PSA. Haverá investimento na melhoria da qualidade da água e no aumento da vazão dos rios em bacias hidrográficas de importância estratégica para o país”, conclui Vininha F. Carvalho.

Website: http://www.revistaecotour.news

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