São Paulo – SP 9/11/2021 – O Caminho do Peabiru e o geoglifo podem representar uma nova visão sobre a origem da humanidade e das civilizações que habitaram a Terra – Urandir Fernandes

O possível geoglifo foi encontrado numa área com evidências de fazer parte do Caminho do Peabiru. Estudos foram iniciados no local, e se essa descoberta for confirmada, será a primeira marca no solo próximo ao litoral paulista.

Membros da Associação Dakila Pesquisas encontraram na região sudeste de São Paulo um possível geoglifo numa área com evidências de fazer parte do Caminho do Peabiru. Geoglifos são vestígios arqueológicos representados por desenhos geométricos feitos com valas escavadas no solo. A visualização integral da imagem só é possível do alto. Estudos foram iniciados no local, e se essa descoberta for confirmada, será a primeira marca no solo próximo ao litoral paulista.

Os pesquisadores, que contam com o apoio do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), demarcaram o local e iniciaram o desbravamento de toda a área. “Com o auxílio de drones e detectores de metais, vamos procurar vestígios de que o local de fato tem ligação com o Peabiru e artefatos que possam identificar com mais precisão as histórias vivenciadas nessa região”, explica Urandir Fernandes de Oliveira, presidente do Ecossistema Dakila, que engloba a Associação Dakila Pesquisas.

A equipe descobriu o local após encontrar um vaso diferenciado nas proximidades do possível geoglifo. “Este vaso nos instigou a vasculhar a área e acabamos encontrando as valetas. Ainda não sabemos de que época esse artefato pode ser, mas vamos fazer o estudo do material para datar”, afirma Urandir.

Segundo ele, o Caminho do Peabiru e o geoglifo podem representar para a humanidade uma nova visão sobre a origem do homem e das primeiras civilizações que habitaram a Terra. Pesquisas realizadas pela Dakila apontam que esses trajetos podem ter sido criados por civilizações muito mais antigas do que os índios, provavelmente pré-diluviana.

“É preciso que os estudiosos estejam de mente aberta para realmente aprofundar as pesquisas e que nada seja ocultado da população, pois essas descobertas podem não só mudar o curso da história, como o contexto social, político e econômico do mundo”, ressalta o presidente do Ecossistema Dakila.

Garibalde Rodrigues, pesquisador da Dakila, será a ponte de conexão entre essa pesquisa e o Iphan. “O compilado de dados coletados nessa fase inicial será apresentado ao Iphan, que tem apoiado Dakila no sentido de auxiliar, preservar e divulgar amplamente as descobertas”, esclarece.

Um trabalho realizado pela Universidade Federal do Pará entre 2010 e 2014 identificou 410 sítios arqueológicos denominados geoglifos somente no estado do Acre. Recentemente, mais de 80 novos sítios foram localizados no Mato Grosso. A estimativa é de que centenas de outros geoglifos sejam identificados com o levantamento de áreas atualmente recobertas por vegetação arbórea, que dificulta a identificação de novos sítios por meio de imagens de satélite convencionais.

Caminho do Peabiru

Estrada da terra sem mal, caminho para o centro da terra, estrada dos Incas são algumas das denominações do Caminho do Peabiru, que são trajetos que cortam o continente sul-americano e se interconectam criando um percurso com várias ramificações.

“Nos contextos mais tradicionais, esse caminho foi construído pelos índios, mas segundo nossas pesquisas, identificamos que pode haver uma civilização bem mais antiga. Ainda há muito o que ser estudado, mas há resquícios de que a história da humanidade começou aqui no Brasil e a capital dessa grande civilização seria na Amazônia, conhecida como Ratanabá, tanto é que essas estradas que encontramos e chamamos de Peabiru levam até ao que chamamos de primeira capital do Sistema Terra”, explica Rafael Hungria, pesquisador da Dakila.

Para Rafael, por algum motivo as lideranças mundiais não permitiram que a verdadeira história da humanidade fosse apresentada. “Cabe a nós buscar o conhecimento verdadeiro e mudar a visão de mundo, mas para isso é preciso não estar condicionado a bolha da persuasão”, diz. 

Luciano Didier, também pesquisador, participou da etapa inicial de demarcação da área e acredita que essa pesquisa arqueológica poderá contribuir para a construção de um futuro melhor. “É importante a gente encontrar vestígios do passado para que possamos entender como chegamos até aqui e assim formar civilizações com novos princípios buscando um futuro mais próspero”, esclarece Didier.

A acadêmica de arqueologia, Natalia Reikdal, foi convidada para participar da possível descoberta do Peabiru e do geoglifo no sudeste de São Paulo e afirma que está sendo uma experiência única. “Eu nunca participei de uma escavação ou de um projeto em sítio arqueológico. Além de agregar muito meus estudos e aprimorar minha carreira, acredito que essa pesquisa vai trazer grandes surpresas, que poderá até abalar as estruturas do nosso conhecimento atual”, declara.

A pesquisadora Larissa Porto define como enriquecedora a experiência de participar dessas possíveis descobertas que podem trazer reflexões sobre a origem da raça humana no Sistema Terra. “Me sinto muito honrada em poder participar dessa experiência como associada do Ecossistema Dakila, pois é um verdadeiro privilégio estar entre os poucos que contribuirão para o grande legado de conhecimento que poderá ser deixado para as futuras gerações”, afirma a pesquisadora.

Todas as etapas destes estudos serão demonstradas nas redes sociais (Instagram @dakilapesquisas | Facebook Dakila Pesquisas | YouTube Dakila Pesquisas) e no site www.dakila.com.br

Mais informações sobre a descoberta neste vídeo: Vestígios de geoglifo no litoral paulista – TVCH – YouTube

 

 

 

Website: http://www.dakila.com.br

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