Com o avanço da vacinação contra a Covid-19 no país e o consequente retorno ao trabalho presencial, após meses de home-office, oito entre dez (81%) profissionais consideram a experiência boa ou melhor do que o esperado. A informação integra o recorte Brasil de uma pesquisa realizada pela Sodexo e conduzida pela Harris Interactive em nove países.

Segundo o estudo, que coletou depoimentos sobre as expectativas dos trabalhadores por ocasião do retorno às empresas, 98% afirmaram que esperavam padrões de segurança e higiene mais elevados, com a desinfecção de áreas comuns várias vezes ao dia. Além disso, 78% dos entrevistados destacaram a relevância da qualidade do ar e 97% citaram a importância de elementos como a oferta de dispenser de álcool gel nos ambientes.

Rui Monteiro, presidente do SEAC-SP (Sindicato das Empresas de Asseio e Conservação no Estado de São Paulo), destaca que, para além da prevenção do contágio pelo novo coronavírus (Sars-Cov-2), um ambiente higienizado por uma equipe de limpeza profissional previne a propagação de vírus e bactérias que podem causar doenças.

Com efeito, ácaros, bactérias e vírus podem levar a doenças e alergias como asma, dermatite, rinite e urticária. Segundo o Ministério da Saúde, os registros hospitalares e ambulatoriais de doenças respiratórias aumentaram 89,73% entre janeiro e maio de 2022  em comparação aos cinco primeiros meses do ano anterior.

Em São Paulo (SP), o número de atendimentos do tipo na rede municipal aumentou 52%. Entre janeiro e junho, 1.026.005 de pacientes foram atendidos por conta de doenças respiratórias, contra 674.795 nos seis primeiros meses do ano precedente. Somente para rinite alérgica, o crescimento foi de 67,13%.

Além disso, prossegue Monteiro, a limpeza também traz mais conforto e bem-estar para todos que frequentam o local, o que pode contribuir para o aumento da motivação e, consequentemente, da produtividade.

A afirmação do presidente do SEAC-SP é corroborada por uma pesquisa realizada por pesquisadores da Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos. Segundo o estudo, profissionais satisfeitos são até 31% mais produtivos, três vezes mais criativos e vendem 37% a mais do que os colegas que trabalham insatisfeitos.

Paralelamente, um levantamento da consultoria de gestão Bain & Company revelou que colaboradores desmotivados podem ser 125% menos produtivos do que os aqueles que atuam inspirados e engajados.

Se, por um lado, a limpeza traz benefícios para a empresa e seus colaboradores, na visão de Monteiro, a negligência a esta questão pode prejudicar a saúde do negócio.

“A falta de asseio em um ambiente corporativo provoca impactos individuais, em relação aos funcionários, e coletivos, no que diz respeito ao desempenho da empresa no mercado”, pontua. “Isso porque, além dos fatores já citados, o ambiente sujo pode passar uma má impressão para clientes e outros parceiros, prejudicando o empreendimento”, conclui.

“Limpeza é Saúde”

Recentemente, o SEAC-SP lançou o selo “Limpeza é Saúde”. A campanha visa conscientizar sobre os impactos positivos dos ambientes limpos da maneira adequada para a vida e a saúde das pessoas, tanto para o âmbito pessoal (físico e mental) como para a esfera empresarial.

As empresas participantes terão acesso a publicações mensais, além de orientações para melhorar a higiene em suas corporações, a fim de receber um selo de qualidade que atesta o comprometimento da organização com a pauta. 

Para mais informações, basta acessar: https://www.seac-sp.com.br/

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