A Consolare, concessionária que administra os cemitérios da Consolação, Quarta Parada, Santana, Tremembé, Vila Formosa I e II e Vila Mariana está desenvolvendo, por meio da sua equipe de Gestão Ambiental, o trabalho de mapeamento da fauna e flora presentes nas sete necrópoles. A iniciativa visa à preservação dos recursos naturais e biodiversidade existentes, sendo fundamental para a manutenção do equilíbrio dos ecossistemas e para o manejo adequado da vegetação nos ambientes.

Resultados preliminares do estudo, relacionados ao levantamento da vegetação, incluem a identificação de cerca de 6.300 árvores, excluindo os bosques presentes nas necrópoles. O cemitério com maior volume é o Vila Formosa, o maior da América Latina, com mais de 675 mil m2. Ocupando a quarta maior área verde municipal de São Paulo, só perdendo para os parques Anhangüera, do Ibirapuera e do Carmo, esta necrópole possui, sozinha, cerca de 2.700 árvores e/ou indivíduos arbóreos, seguido pelo Cemitério Vila Mariana e o da Consolação, ambos com cerca de 1 mil.

A variedade de espécies arbóreas é grande, dentre elas estão: Sibipiruna (Caesalpinia pluviosa), Goiabeira (Psidium guajava L.), pinheiro do paraná (Araucaria angustifolia), Ipê (Tabebuia spp.) e Quaresmeira (Tibouchina granulosa).

Além da identificação das espécies, catalogação e marcação visual das árvores, a coleta de informações em andamento abrange também diversas informações fundamentais que permitirão a criação de um amplo banco de dados do patrimônio ambiental, para o município de São Paulo, das necrópoles administradas pela Consolare.

Os levantamentos incluem a obtenção dos dados dendrométricos (medição e análise de parâmetros relacionados ao tamanho e à estrutura das árvores, como altura, diâmetro do tronco, circunferência, entre outros) e a avaliação do estado fitossanitário (análise das condições de saúde das plantas, com o objetivo de identificar possíveis doenças, pragas ou outras condições que possam afetar a saúde e a sobrevivência das árvores).

Além do cumprimento das exigências previstas no edital de concessão, este mapeamento tem como objetivo fornecer informações essenciais para o manejo adequado e eficiente dessas áreas verdes. A partir desses dados, serão implementadas ações e práticas de manejo, como adubação, supressão em casos de risco de queda, podas e outras medidas necessárias para a manutenção dos elementos vegetais, em conformidade com a legislação ambiental vigente.

A importância dessas áreas verdes nos cemitérios, assim como a fauna associada, segundo Paula Viol, da equipe de Gestão Ambiental da Consolare, está no fato de a preservação da biodiversidade, nesses espaços, ser “imprescindível para a manutenção das funções ecossistêmicas.”

“Essas funções desencadeiam benefícios, direta ou indiretamente, para a sociedade, valorizando o espaço urbano e proporcionando conforto térmico, principalmente nas regiões onde as necrópoles estão localizadas”, complementa Paula.

No que diz respeito à fauna, o mapeamento apresentará subsídios para o desenvolvimento, em parceria com a autoridade municipal competente, de programas de manutenção dos animais silvestres presentes nos cemitérios.

A iniciativa também irá beneficiar a comunidade e os visitantes em geral, proporcionando um ambiente equilibrado, com condições higiênico-sanitárias adequadas, além de promover espaços para lazer, recreação, bem-estar e contemplação da natureza.

 

Conscientização Ambiental e Parceria com Profissionais Autônomos

Além do mapeamento, a Consolare tem implementado medidas ecologicamente responsáveis nos cemitérios sob sua gestão. Dentre elas, estão ações de conscientização ambiental junto aos profissionais autônomos (jardineiros e construtores) autorizados pela Prefeitura a atuarem nesses locais.

Essas iniciativas visam compartilhar conceitos fundamentais relacionados ao meio ambiente, sustentabilidade, preservação, interações humanas com recursos naturais, gestão de resíduos e legislações aplicáveis. As rodas de conversa têm sido bem-recebidas pelos profissionais autônomos e buscam estabelecer uma relação de sinergia e parceria para promover práticas alinhadas às leis ambientais vigentes.

Exemplos de orientações que são transmitidas a esses profissionais incluem:

  • a retirada de vasos de flores antigos dos jazigos, evitando o enraizamento e possíveis danos às sepulturas;
  • o preenchimento dos pratinhos dos vasos de flores com areia e terra, para evitar a proliferação de mosquitos da dengue, ou utilizar vasos com furos para drenagem da água;
  • a não realização de intervenções, de qualquer natureza, em árvores.

“Acreditamos que esse trabalho de conscientização contribui para a adoção de ações mais responsáveis em relação ao meio ambiente por todos que atuam nos cemitérios”, informa Fadlo Oliveira, gerente de Operações da Consolare.

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