Em um momento de retomada econômica, empresas de diversos setores têm investido esforços para vencer a alta competitividade e podem adotar atitudes de responsabilidade socioambiental. Ocorre que, cada vez mais, os consumidores têm valorizado empresas que adotam condutas sustentáveis, como demonstra um estudo do Capterra, plataforma de comparação de softwares, divulgada pelo G1. Segundo o levantamento, a maior parte dos brasileiros não se opõe quando é necessário aumentar o valor de um produto ou serviço devido a práticas ambientalmente corretas.
A pesquisa revela que quase metade (47%) dos consumidores entrevistados concordam, de algum modo, que pode ser pago um valor maior no produto ou serviço relacionado com responsabilidade socioambiental. Além do mais, 23% das pessoas concordam plenamente com a afirmação. A série de pesquisas do Capterra sobre sustentabilidade, com foco em consumo, entrevistou 703 brasileiros entre os dias 10 e 16 de agosto de 2021.
Andrea Koppe, presidente da Unilehu e Programa Supera, negócio social de produção e venda de produtos sustentáveis, ressalta que, ao cumprirem seus papéis em relação ao desenvolvimento sustentável, empresas de todos os setores e portes demonstram que merecem a confiança não apenas do público, como também do mercado. E, de quebra, conseguem reduzir custos e otimizar a operação.
“As indústrias engajadas com a questão ambiental obtém reconhecimento por suas atitudes, que são vistas, comentadas e servem de exemplo para os cidadãos e para outras organizações”, afirma.
No Brasil e no mundo, diz ela, as pessoas já estão sofrendo consequências dos desequilíbrios climáticos que resultam de atitudes irresponsáveis das gerações passadas. “Por isso, as empresas de hoje devem assumir uma postura responsável com a natureza, alinhada às políticas sustentáveis esperadas pela sociedade para o bem das próximas gerações”, pontua. “Desse modo, não apenas agora, como também no futuro, as empresas que investem em responsabilidade socioambiental serão reconhecidas como negócios sustentáveis”, complementa.
Gerenciamento de resíduos é exemplo de compromisso sustentável
Segundo Koppe, o gerenciamento de resíduos é um dos negócios sustentáveis que pode ser empreendido por corporações que buscam agir com responsabilidade socioambiental. “A gestão de resíduos industriais diz respeito a um grupo de atitudes que inclui a coleta, o transporte, a manipulação, o tratamento, a eliminação ou a reciclagem de materiais produzidos como resultado de práticas industriais”.
A título de exemplo, a presidente da Unilehu e Programa Supera destaca que o Instituto Renault, em parceria com o Supera, decidiu aproveitar os resíduos têxteis dos carros da montadora, como bancos, cintos, forros e carpetes. Com a ideia de transformar esses resíduos em produtos, a organização fez um investimento para o desenvolvimento de uma linha de acessórios de carro feitos com esses materiais, além da compra de máquinas de costura e qualificação profissional de costureiros para produzir esses artigos.
“O Supera desenvolveu a linha Ecocar, com organizadores e acessórios produzidos com os resíduos da fábrica Renault, pelas mãos dos costureiros que participam do programa”, explica Graziela Pontes, coordenadora do Instituto Renault.
Além disso, prossegue ela, o instituto Renault não se limitou a patrocinar o desenvolvimento da linha de acessórios. Sabendo que para a iniciativa de geração de renda ser sustentável a longo prazo seria necessário a venda dos produtos, a entidade mobilizou a venda da linha Ecocar nas concessionárias da empresa.
“Assim, os produtos chegam aos consumidores finais da marca Renault e ainda fazem a roda da economia circular girar”, conclui Pontes.
Para mais informações, basta acessar: https://www.lojasupera.org.br/