Mais de 86% dos povos indígenas em todo o mundo trabalham na economia informal, onde enfrentam más condições de trabalho, com baixos salários e sem proteção social. O dado consta na página 2 do relatório “La covid-19 y el mundo del trabajo: un enfoque en los pueblos indígenas y tribales” – A covid-19 e o mundo do trabalho: foco nos povos indígenas e tribais, em português – da Organização Internacional do Trabalho (OIT).

Em meio a isso, essa população vive os reflexos da crise sanitária de covid-19. O documento aponta, na página 1, que as mais de 476 milhões de pessoas que integram os povos indígenas do mundo, o que corresponde a mais de 6% da população mundial, foram atingidas pela pandemia, e a posição desse grupo no mercado de trabalho, tida pela OIT como desvantagem, eleva a vulnerabilidade. Em um recorte latinoamericano e caribenho, 55 milhões de mulheres e homens indígenas foram afetados economicamente.  

Para a OIT, as consequências da pandemia evidenciaram a desigualdade, uma vez que a doença e seus reflexos sociais e econômicos atingiram quem menos tem. A publicação “Panorama laboral de los pueblos indígenas en América Latina” – Panorama trabalhista dos povos indígenas na América Latina, em português – na página 16, revela que 85% das mulheres e homens indígenas na América Latina e no Caribe estão empregados na economia informal, bem acima de 50% da população empregada em geral.

Em um recorte nacional, o relatório “Diálogos Amazônicos”, apresentado na Cúpula da Amazônia, na página 4, mostra que a geração de renda ainda é um desafio para essas populações e afirma a necessidade de políticas públicas que fortaleçam a produção e o abastecimento pautadas no fortalecimento dessas comunidades.

Para o fundador e principal executivo do Latin American Quality Institute (LAQI), Daniel Maximilian Da Costa, tendo como base dados presentes na página 43 da publicação “Quality Magazine”, relacionados à oferta de vagas e diversidade nas empresas, destaca que ações devem ser feitas para evidenciar a importância da diversidade e inclusão.

“No tocante a esse tema, diferentes ações podem ser observadas, a começar pelo Dia dos Povos Indígenas, em 19 de abril, que traz reflexões, inclusive para o meio empresarial. Outro exemplo de iniciativa é o ‘Quality Festival 2024’, que ocorrerá em novembro, em Manaus, capital amazonense, reunindo empresários de diferentes países e mostrando para o mundo corporativo a importância daquele território, inclusive dos grupos indígenas, por meio de uma imersão cultural”, conclui.

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