Oitenta milhões de empregos podem ser perdidos até 2030 devido à mudança do clima, sendo os países pobres os mais atingidos. A estimativa é da Organização Internacional do Trabalho (OIT). Por sua vez, medidas de combate às alterações climáticas podem criar mais e melhores postos, com um potencial de 18 milhões de vagas líquidas no mesmo período.

O Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) enfatiza que, atualmente, cerca de 80% da energia global e 66% da geração elétrica são provenientes de combustíveis fósseis, o que colabora com aproximadamente 60% das emissões de gases de efeito estufa responsáveis pela mudança climática.

Com base nisso, o Pnuma afirma que os próximos oito anos são cruciais para a limitação do aquecimento global a 1,5°C, tratando-se de um período em que os gases de efeito estufa precisa ser reduzidos em 50%, ou seja, uma queda anual de 13 giga toneladas de emissões anuais de equivalentes de CO2 é necessária para limitar o aumento da temperatura a 2°C.

A OIT sustenta que nunca é tarde para que ações sejam implementadas. Para tanto, ressalta que iniciativas, como a transição para uma economia neutra em carbono, exigem novas habilidades, treinamento e qualificações.

Da mesma forma, o PNUMA enfatiza que as indústrias podem usufruir dos novos processos de produção através de energias renováveis, hidrogênio verde biocombustíveis e controle de gestão de carbono. Para tal, destaca a necessidade de uma ação coordenada em todas as cadeias de valor para promover essas opções de mitigação.

Para o fundador e principal executivo do Latin American Quality Institute (LAQI), Daniel Maximilian Da Costa, os esforços do setor privado devem estar relacionados a projetos que tragam benefícios socioeconômicos, como a geração de empregos sustentáveis. “Se mudarmos a consciência, mudaremos também a forma de agir. Nisso, muitos empregos surgirão já inseridos nesta cultura, que coloca a educação climática como prioridade”, conclui.

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