A história dos orgânicos é recente: surgiu no início do século XX, mas foi apenas a partir de 2001 que os grandes mercados, Estados Unidos e Europa, se preocuparam em regulamentar, criar mecanismos de controle para garantia da qualidade e credibilidade junto ao consumidor final. O Brasil iniciou este processo em 2003, publicando a Lei 10.831. Os regulamentos mudam de acordo com os mercados. Os três principais são: BR (mercado nacional), EOS-CE (União Europeia) e USDA-NOP (Estados Unidos).

“Já houve um tempo em que consumidores não davam a devida importância para o plantio e colheita dos insumos que geram os produtos finais que compram. A procura por produtos mais saudáveis e com certificados de procedência faz da agricultura orgânica uma opção cada vez mais apreciada”, salienta Vininha F. Carvalho, editora da Revista Ecotour News (www.revistaecotour.news).

Atualmente, os consumidores buscam não apenas produtos orgânicos, mas também por confiabilidade e ética. As pessoas estão se atentando ao fato de que precisam garantir a qualidade de vida. Alimentar-se bem não quer dizer uma montanha de comida no prato e sim fazer boas escolhas, o que resulta na alimentação sustentável, boa para a saúde e o meio ambiente.

O Brasil por sua extensão geográfica, diversidade da natureza de produtores e variedade do clima e biomas, acabou optando por uma legislação mais inclusiva a respeito dos alimentos orgânicos, diferentemente dos outros países, em que o principal canal de produção acabou se baseando apenas na estrutura tradicional da agricultura e no processamento. “A regulamentação foi em 2011, com a criação do selo nacional obrigatório que oferece a credibilidade que o consumidor precisa. Conhecido como selo verde, a certificação de produtos orgânicos é o procedimento que assegura que determinado produto, processo ou serviço obedece às normas e práticas da produção orgânica”, pontua Vininha F. Carvalho.

Em 2020, as vendas de produtos orgânicos e naturais, que incluem de produtos sem glúten ou com menor teor de sódio a orgânicos, certificados atingiram R$ 100 bilhões no Brasil, segundo a Euromonitor Internacional. Foi a maior cifra para essa categoria de alimentos desde 2006, quando esse segmento começou a ser monitorado pela consultoria. Em relação a 2019, o avanço foi de 3,5%.

“Os produtos orgânicos estão em praticamente todas as grandes redes de supermercados, além do aumento contínuo do número de feiras orgânicas. Espero que cada vez mais, o bom senso seja decisivo na busca de produtos mais éticos, seguros e saudáveis”, finaliza Vininha F. Carvalho.

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