Em 1972, a ONU (Organização das Nações Unidas) instituiu o dia 5 de junho como o Dia Mundial do Meio Ambiente, durante conferência sobre o Meio Ambiente Humano realizada em Estocolmo, capital da Suécia. Consequência disso, o mês de junho passou a ser lembrado como o mês do Meio Ambiente, período em que ações e pautas socioambientais ganham destaque, como o conceito de smart cities (cidades inteligentes, em português).

Cunhado na década de 1990, o conceito de smart cities surgiu para designar novas políticas de planejamento urbano que emergiram com o avanço tecnológico, quando veio à tona a preocupação com a falta de recursos. O conceito diz respeito à utilização de tecnologias para o aperfeiçoamento de soluções urbanas, como iluminação, tratamento de água e esgoto, transporte e lazer, entre outras. 

Na visão de Lucas Nogueira, Key Account da Advantech Brasil, as cidades inteligentes podem atuar em prol da sustentabilidade e da preservação do meio ambiente. Ele destaca que o avanço da urbanização e o desenvolvimento trouxeram para as cidades o protagonismo econômico, mas também os desafios como controle de enchentes, poluição do ar e da água, formação de ilhas de calor e controle de pandemias, além de gerenciamento de recursos como energia e água. Todos estes são desafios de sustentabilidade e preservação do meio ambiente.

“Mais do que a aplicação da tecnologia pura e simples em uma cidade, o aproveitamento eficiente de recursos naturais é o que ajuda a tornar uma cidade inteligente. Em sua concepção no Brasil, as cidades inteligentes devem se preocupar com a sustentabilidade e a preservação do meio ambiente, deve se valer da relação sadia com o ecossistema e pela utilização racional de recursos ambientais, bem como reutilizá-los”, diz ele.

Desse modo, prossegue, a incorporação de cidades inteligentes tem consigo a ideia de zelar e melhorar as atividades sustentáveis e preservar o meio ambiente em prol de sua população.

Ferramentas tecnológicas podem ajudar

Nogueira lembra que existem diversas ferramentas tecnológicas que permitem a atuação em defesa do meio ambiente dentro das cidades inteligentes. “Atualmente, há diversos protocolos, equipamentos e algoritmos de IA (Inteligência Artificial) que podem ser aplicados para mitigar os desafios citados acima. Sempre levando em consideração a preservação e a sustentabilidade do meio ambiente”.

Segundo o Key Account da Advantech Brasil, também são desenvolvidos produtos que atuam na coleta, transmissão, armazenamento e tratamento dos dados obtidos através dos diversos sensores do mercado. “O dado do sensor é capturado por entradas e saídas digitais e analógicas, enviado por diversos protocolos de mercado, como LoRaWAN, NB-IoT, WI-FIi, 3G/4G, muito em breve pelo 5G também, através de end devices”.

Os dados são recebidos por gateways que “conversem” com o protocolo do end device, estes equipamentos podem pré-processar, enviar o dado para a nuvem ou enviar para um equipamento que através de uma IA retorna uma ação ou resultado.

Com o avanço do processamento na borda, ou Edge Computing, o tratamento e tempo de resposta para as aplicações está cada vez menor, a tomada de decisão passa a ser tomada mais rapidamente, informa Nogueira. “Quando falamos em aplicações de smart cities, sempre devemos lembrar que são ambientes hostis, ou seja, nem sempre temos controle de temperatura, umidade, partículas suspensas onde os equipamentos ficam instalados. Portanto, sempre deve-se levar em conta a utilização de hardware robusto e que traga segurança nas aplicações 24×7”.

Para ele, alguns exemplos de aplicações de smart cities que visam melhorar a vida da população e estão atreladas à sustentabilidade e defesa do meio ambiente são: ônibus e semáforo inteligentes, radares, iluminação e vigilância pública, smart parking, transporte verde e coleta de lixo inteligente.

“Existe um peso na sustentabilidade dentre as inovações tecnológicas, pautado na base do desenvolvimento. Todas as novas tecnologias devem ser sustentáveis respeitando os aspectos ambientais e sociais gerando benefícios para a população’, observa Nogueira. “Cada vez mais, vemos assuntos sobre sustentabilidade e causas ambientais. Neste contexto, temos o termo ‘cidades sustentáveis’, o mesmo passo em que temos o termo ‘cidades inteligentes’. Ambos devem caminhar juntos e para os próximos anos cada vez mais teremos exemplos e desenvolvimento dos mesmos”, articula.

Mercado em expansão

Nos próximos três anos, o mercado de cidades inteligentes deve chegar a um crescimento anual de 23%, com faturamento previsto para 2024 de mais de US$ $ 2,118 trilhões (R$ 10,59 trilhões), reporta Nogueira, em referência a dados da empresa de consultoria e pesquisa tecnológica Technavio. “A participação de smart cities no futuro, conforme os dados apresentados, tendem a crescer mais de 50% nos próximos três anos, gerando um ‘boom’ de oportunidades, desenvolvimento e qualidade de vida para os cidadãos”, analisa.

Para concluir, o Key Account da Advantech Brasil considera que todo tipo de tecnologia que traga consigo benefícios à população pode ser empregada em smart cities. “Existe consigo toda a parte de sustentabilidade e meio ambiente que deve ser respeitada e está ligada às aplicações. Ambos os conceitos devem caminhar juntos. Neste contexto, devem ganhar destaque empresas que trabalham com as aplicações sustentáveis, fornecendo produtos robustos e confiáveis para suprir um mercado que, a cada dia, está maior, mais exigente e bem estruturado”, finaliza.

Para mais informações, basta acessar: https://www.advantech.com.br/

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