A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), a partir do portal Canal Solar, divulgou que foram liberados, no mês de fevereiro deste ano, 513,3 MW em geração de eletricidade para operação comercial – do total, 100 MW foram acrescidos de usinas fotovoltaicas; 346,57 MW, de eólica, representando, ambas, 87% do aumento da potência no mês.

Segundo a Aneel, entraram em operação 48,73 MW em usinas termelétricas e 18 MW em centrais hidrelétricas de pequeno porte. Além disso, nove estados do país receberam acréscimos em geração de energia, como a Bahia, com 345 MW. O órgão também apontou que a quantidade adquirida neste ano, de 995,5 MW, representa 13% do incremento na matriz energética esperado para o ano (de 7.625,08 MW).

De acordo com o Sistema de Informações de Geração da Aneel (SIGA), até o dia 1º de março, a potência fiscal total instalada no Brasil era de 182.377,7 MW. Desse total, em operação, 83% das plantas são alavancadas por fontes sustentáveis, com emissão baixa de gases do efeito estufa. As fontes solar e eólica mostraram um avanço de 2,9% na composição da matriz energética do país. Em conjunto, elas alcançam 13,4% da oferta total, estando na segunda posição entre as maiores fontes do Brasil.

Financiamento para energia solar ultrapassa a marca de R$ 16 bi no ano passado

De acordo com levantamento da Clean Energy Latin America (Cela), com base em dados das principais instituições financeiras que promovem o fomento no segmento, o financiamento para geração de energia solar no país alcançou a marca de R$ 16,2 bilhões no ano passado. O financiamento, entre outras coisas, é referente ao valor do kit de energia solar. No total, R$ 9,5 bilhões foram enviados à geração distribuída; e R$ 6,6 bilhões destinados à geração centralizada. É o terceiro ano seguido que o Brasil marca o recorde em financiamentos no setor, mostrando um interesse cada vez maior das organizações em impulsionar projetos de energias renováveis.

Em relação à geração distribuída, a soma dos recursos obtidos pelos empréstimos no ano passado supera em mais de 100% o volume completo de arrecadação de 2020 (R$ 4 milhões). Em geração centralizada, ocorreu um crescimento de 70% no volume financiado ante os R$ 3,9 bilhões de 2020, por conta da maturidade de projetos solares para o mercado livre de energia com contratos assinados.

Para este ano, a Cela espera que os financiamentos de sistemas de energia solar permaneçam atrativos, mesmo com um crescimento esperado nas taxas de juros por conta da inflação. No que se refere à geração distribuída, se os consumidores alterarem a conta de luz pela parcela do financiamento, o órgão crê que será menos importante a variação da taxa de juros. 2022 é o primeiro ano que a Lei n.º 14.300 está vigorando, a qual apresentou uma legislação específica para o segmento de microgeração e minigeração distribuída, trazendo um mais tranquilidade às instituições financeiras.

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