As Unidades Básicas de Saúde (UBSs) da capital acompanham pacientes atendidos com diagnóstico de hipertensão arterial e/ou diabetes e tem proporcionado uma abordagem abrangente e educativa para o bem-estar dessas pessoas. A Secretaria Municipal da Saúde (SMS) oferece uma série de atividades que vão desde o tratamento medicamentoso e educativo, de acordo com a Estratégia de Saúde Cardiovascular e com as linhas de cuidado para hipertensão arterial sistêmica (HAS) e diabetes melitus (DM) do Ministério da Saúde. Somente nos equipamentos de saúde do centro de São Paulo, administrados pela Associação Filantrópica Nova Esperança (AFNE), são atendidos mais de 28 mil usuários com essas condições. 

Entre as ações desenvolvidas para o cuidado dos usuários, destacam-se o Programa de Automonitoramento Glicêmico (Pamg), que consiste em um rigoroso acompanhamento dos níveis de glicose no sangue, auxiliando no controle da diabetes. O usuário recebe todos os equipamentos de que precisa para fazer o monitoramento da glicemia e, pela memória do aparelho, os médicos e enfermeiros conseguem acompanhar os números do paciente durante o período em que ele fez as medições e ajustar o tratamento conforme a necessidade. 

Além disso, há a avaliação do pé diabético, que é uma etapa fundamental para prevenir complicações nessa região do corpo, já que a deficiência da circulação periférica, quando não tratada, pode levar à amputação do membro. A classificação de risco cardiovascular é outro importante procedimento realizado com o objetivo de identificar indivíduos em situação de maior vulnerabilidade a problemas cardíacos, a fim de possibilitar intervenções e tratamentos adequados precocemente. 

“Aqui nas nossas unidades de atenção primária, além do tratamento medicamentoso e de análises clínicas, temos uma abordagem fundamentalmente educativa e acolhedora, que visa fornecer aos usuários não apenas informações sobre medicação, mas também orientações sobre cuidados essenciais para a saúde. Hábitos saudáveis, como o consumo adequado de sal, são enfatizados, assim como a importância das práticas de atividades físicas regulares”, afirma Alexandre Fernandes, apoiador em saúde da área de atenção básica da AFNE. 

Os grupos de orientação e terapia estão inclusos na parte educativa do tratamento. Os encontros são espaços de troca de informações e apoio mútuo, nos quais os participantes podem compartilhar experiências. Durante as conversas, os usuários também recebem orientações de profissionais de saúde e aprendem estratégias para enfrentar os desafios diários impostos por essas doenças crônicas. 

Além disso, são promovidas atividades ao ar livre como alongamento, corrida e práticas corporais, todas orientadas por profissionais qualificados, busca-se estimular a prática regular de exercícios, adaptadas às condições e necessidades individuais de cada cidadão. 

A Filantrópica Nova Esperança (AFNE) é uma entidade filantrópica fundada em 2003, detentora de título de utilidade pública e CEBAS, com foco em promover e desenvolver gestão de saúde. Em São Paulo, a AFNE é responsável pelo gerenciamento e execução de serviços de saúde em unidades da Supervisão Técnica da Santa Cecília e na Sé, além do Hospital Municipal Santa Dulce dos Pobres, na Bela Vista, a partir de contrato firmado com a Prefeitura do Município de São Paulo, por meio da Secretaria Municipal de Saúde.

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