A pesquisa surgiu de uma ideia formada em um encontro em Galápagos, que levou os pesquisadores Prof. Roy Diamant e Dr. Aviad Sheinin, da Universidade de Haifa até a Estação de Biodiversidade Tiputini no Equador, ao coração da Amazônia onde passaram uma semana e, também, instruíram a equipe local sobre como coletar informações para o estudo. Os botos-cor-de-rosa estão atualmente classificados como ameaçados pela Organização Mundial de Conservação.

Toda a atividade é em torno do rio Amazonas, e o objetivo é tentar caracterizar os sons dos botos-cor-de-rosa ali para examinar como eles se comportam.

A equipe, liderada pelo Prof. Roy Diamant, baixou equipamentos acústicos no rio para registrar os sons. Eles deixaram o equipamento lá para que a população local pudesse continuar a operá-lo e passar informações para os pesquisadores da Universidade de Haifa.

Foram estudadas as características das vozes, o quanto elas se movimentam em forma de grupos e quão diferentes são em seu comportamento, em seus hábitos de comunicação, dos golfinhos no mar.

“Os sinais que registramos são diferentes daqueles registrados no mar: o sinal dos botos-cor-de-rosa soa como um beijo. Estamos acostumados com os golfinhos no mar fazendo sons que parecem assobios”, comentou o Prof. Diamant.

Durante a viagem, os pesquisadores explicaram o porquê da cor rosa: “Esses golfinhos vivem em águas cor de lama, águas nas quais você não pode ver. A cor rosa é criada devido ao fluxo dos vasos sanguíneos próximos à pele para irradiar calor, porque o golfinho é um animal de sangue quente”, finaliza Dr. Aviad Sheinin.

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