Rubio & Luongo Arquitetura está presente há mais de 40 anos no mercado de construção, fomentando o desenvolvimento sustentável.
A série de matérias especiais da primeira edição do Anuário Green Yearbook está trazendo aos leitores do Going Green Brasil não só cases de referência da certificação AQUA-HQE, mas, também, todos os agentes que fazem parte do mercado de construção sustentável, como empresas e escritórios de arquitetura. O caderno Arquitetos da Sustentabilidade é um espaço dedicado a apresentar escritórios e profissionais de arquitetura que possuem o DNA sustentável intrínseco em seus projetos.
Com mais de 40 anos de experiência no mercado, o escritório Rubio & Luongo Arquitetura nunca deixou de lado as características que formam a sua filosofia de trabalho: dedicação, precisão técnica, criatividade e atendimento diferenciado. O foco de atuação está na elaboração de projetos nas áreas residencial e comercial, somando mais de 800 projetos executados.
A empresa foi responsável pelos seguintes projetos arquitetônicos dos empreendimentos da Tarjab Incorporadora: Scenarium Braz Leme, Iman Vila Mariana, Architetto e IND Cambuí. Todos foram certificados pelo AQUA-HQE. “O Scenarium Braz Leme, por exemplo, tem demostrado uma economia excepcional de água por cauda do projeto de reúso das águas pluviais, além da irrigação do paisagismo, gerando economia ao condomínio”, diz Demósthenes Magno, diretor técnico do escritório de arquitetura.
Confira abaixo um trecho da entrevista com Demósthenes, do escritório Rubio & Luongo Arquitetura.
[Going Green Brasil] Qual é o papel da arquitetura para a sustentabilidade de uma construção?
A sustentabilidade é uma mudança de paradigma. A Agenda 21 definiu a construção sustentável em países do terceiro mundo como um processo holístico que aspira a restauração e manutenção da harmonia entre os ambientes natural e construído. O conceito de desenvolvimento sustentável transcende o contexto ambiental para abraçar a sustentabilidade econômica e social.
O Conselho Internacional da Construção (CBI) aponta a indústria da construção como setor que mais consome recursos naturais e utiliza energia de forma intensiva gerando consideráveis impactos ambientais. O conceito de arquitetura sustentável surge na busca de minimizar os impactos provocados pela construção.
Cabe ao arquiteto – desde a concepção do projeto, a intenção e o desempenho da construção – criar elementos voltados à otimização de materiais, economia de energia e conforto ao usuário, que já devem nascer do projeto. Sistemas de certificação como o LEED e o AQUA-HQE ajudam na elaboração do programa definindo as intensões mínimas da edificação.
Como a arquitetura sustentável pode influenciar na saúde e conforto dos usuários da edificação?
O projeto deve estar atento ao conforto bioclimático e sonoro e atender as necessidades dos usuários em curto, médio e longo prazo, criando condições para que a edificação se adapte a cada etapa da vida do usuário. Bem ou mal, aprendemos desde a faculdade a importância do conforto ambiental: insolação, controle solar, acústica, etc.
A mudança de mentalidade, acredito, é a relação usuário/edificação e estes com a cidade. A possibilidade da construção se adaptar a cada etapa da vida do usuário e, em relação à cidade, propicia condições de escolha para que este usuário, por exemplo, tenha uma alternativa de transporte que não seja o carro. Neste exemplo, o projeto já deve prever locais para bicicleta, transporte compartilhado, entre outros.
O uso da edificação influencia na arquitetura? Como equilibrar os conceitos sustentáveis ao propósito da construção?
Influencia sim, como inverso também: se você tem local para lixo reciclável já é um incentivo para que se faça. Quanto aos conceitos, na maioria dos casos o mercado tem focado na economia de água e energia. As empresas que se dispõem a esse tipo de construção estão em um processo de “adaptação”, fazendo o que é possível dentro de suas realidades.
No escritório Rubio & Luongo, procuramos o máximo possível utilizar materiais que sejam certificados e, em relação ao projeto, buscamos o uso racional de energia e água, o uso de novas tecnologias, reservatórios de água de reúso, incentivo ao uso de bicicletas com a criação de bicicletários, entre outras soluções.