Relatório elaborado pela Johnson Controls mostra os motivos e em quais campos os investimentos em eficiência energética se concentram em nível global.
Divulgado no final do ano passado, o Indicador de Eficiência Energética de 2018 (Energy Efficiency Indicator, em inglês – EEI) – pesquisa realizada anualmente pela Johnson Controls – aponta que 59% das organizações em nível global planejam elevar os seus investimentos em soluções de eficiência energética e desenvolvimento de edifícios inteligentes em 2019.
Esta é a 12ª edição do relatório, que analisa eficiência energética, energia renovável, integração de sistemas prediais e planos de cidades inteligentes, monitorando os indicadores relacionados aos investimentos nestes campos, bem como os principais motivadores e obstáculos para tal.
Foram entrevistados mais de 1.900 executivos de 20 países. A Alemanha foi o país que mais apontou para o investimento na área, com 83%; seguida por Holanda (71%) e China (70%). Nos Estados Unidos, 57% dos entrevistados estão planejando aumentar os investimentos em eficiência energética, energia renovável e tecnologia de edifícios inteligentes, já no Brasil apenas 47% indicaram que irão elevar os seus investimentos.
Por que investir?
Entre os objetivos mais importantes em relação aos investimentos, 82% das organizações globais consideram a economia de custos de energia como prioridade; 71% esperam a redução da pegada de gases de efeito estufa; 68% querem aumentar a segurança energética; 64% buscam melhorar às suas reputações no mercado e atrair e reter colaboradores, enquanto 63% buscam atrair ou reter clientes; e 59% querem aumentar a resiliência do edifício ao clima e interrupções do sistema de energia.
Os maiores empecilhos para a realização ou elevação dos investimentos também foram apontados pelos entrevistados. Cerca de 28% relataram a falta de conhecimento técnico para avaliar ou executar projetos, 22% apontaram a falta de financiamento nas condições de pagamento e 18% possuem incerteza em relação à real economia das ações e o desempenho.
Onde investir?
Em 2018, a aplicação mais popular esteve relacionado às melhorias nos controles de aquecimento, ventilação e ar-condicionado. Em 2019, 62% dos entrevistados planejam investir nesta medida. Logo em seguida, com 55%, os investimentos serão direcionados à construção de controles de melhorias e programas educacionais focados no consumo consciente de energia.
O maior aumento identificado na pesquisa foi o planejamento de investimentos em integração do sistema em 2019, sendo 23% a mais do que foi em 2018. Segundo Clay Nesler, vice-presidente de sustentabilidade global da Johnson Controls, “as organizações estão mais interessadas do que nunca em alavancar tecnologias de eficiência energética, armazenamento de energia e geração distribuída para fornecer edifícios mais inteligentes, seguros e sustentáveis”.
Apesar da pesquisa de 2018 não divulgar informações específicas do mercado brasileiro, Waldemar Scudeller Jr., gerente geral da Johnson Controls no Brasil, afirma a aplicação de montante deste setor têm aumentado. “As organizações têm investido uma porcentagem considerável em controle dos seus equipamentos e em sistemas integrados, para uma economia de recursos naturais e diminuição dos custos com energia”, aponta.
Certificação sustentável
O Indicador de Eficiência Energética de 2018 também revelou que 14% das organizações globais entrevistadas possuem uma certificação sustentável voluntária, enquanto 44% planejam conquistar um certificado no futuro. Além disso, 51% disserem que estão dispostos a pagar um valor maior na locação de um espaço em um empreendimento sustentável certificado.
Confira todos os resultados da pesquisa feita pela Johnson Controls neste link.