Famosa fabricante de brinquedos terá peças feitas com polietileno, a partir da cana-de-açúcar.
Sendo uma das maiores produtoras de brinquedos do mundo, a Lego acaba sendo, por tabela, uma das maiores consumidoras de plástico para elaborar seus blocos montáveis. São seis toneladas de plástico gastas por ano, resultando em 45 bilhões de peças distribuídas em 2015.
Admitindo que o que faz é “algo bem ruim para o ambiente”, a empresa investiu US$ 150 milhões para estabelecer uma nova tecnologia de fabricação mais próxima de ser ecologicamente correta. A Lego contratou 100 especialistas para estudarem a possibilidade de utilizar um novo material em suas peças, que seja menos agressivo ao meio-ambiente e permita a usabilidade coimo brinquedo, sem perda de qualidade.
O primeiro passo adotado na iniciativa chamada “Lego Sustainable Material Center” (Centro de Material Sustentável Lego) será a produção de peças com formas da flora, como árvores, arbustos e folhas, a partir do polietileno, que por sua vez é extraído da cana-de-açúcar. Os primeiros exemplares entrarão no mercado ainda neste ano.
Diferentemente do acrilonitrila butadieno estireno (ABS) utilizado atualmente a partir do petróleo rígido e leve, o polietileno é mais flexível, mas ainda durável a longo prazo, segundo a Lego. A fabricante afirma ter feitos diversos testes para garantir a qualidade das novas peças.
Além do novo material utilizado, a empresa dinamarquesa firmou uma parceria com a WWF, ONG internacional de defesa do meio ambiente, para estimular a demanda por plásticos de origem mais sustentável, e passou a integrar a Aliança de Matéria-Prima Bioplástica, para estimular a produção em larga escala desse material.
Resta agora saber quando a solução será colocada em prática de forma generalizada, uma vez que as peças produzidas a partir do polietileno representarão, neste primeiro ano, menos de 2% do total de peças produzidas.