Primeira etapa da iniciativa injeta energia na Cemig e beneficia as agências do Itaú Unibanco localizadas em 133 cidades do estado mineiro.

fachada itau unibanco
Itaú Unibanco é o primeiro banco a operar em projeto de energia solar em Minas Gerais. Foto: SM2 Fotografia.

O Itaú Unibanco concluiu a implementação da primeira fase do projeto de Geração Distribuída de Energia Solar para sua rede de agências. O estado de Minas Gerais foi o escolhido para iniciar os procedimentos. Nesta etapa foi possível utilizar uma usina de energia solar fotovoltaica, que gerou e injetou 2 MW na Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig). Para efeito de comparação, essa quantidade é suficiente para abastecer aproximadamente 1.800 casas.

A energia injetada abaterá parte do consumo energético de 200 agências, localizadas em 133 municípios mineiros, cerca de 45% da rede em todo o estado. O projeto começou há cerca de três anos, de acordo com Francisco Vieira, diretor do Itaú Unibanco. “Começamos a idealizá-lo em 2016, e, ao identificarmos que seria possível viabilizar a ideia, seguimos com o desenvolvimento interno e concorrência para a busca de parceiros para implementá-lo”, ele diz.

A escolha de Minas Gerais para esta primeira etapa se deu por conta da presença importante da instituição financeira no estado e o potencial de geração de energia fotovoltaica, dada a incidência solar da região.

O Itaú Unibanco é pioneiro no uso de energia solar para este tipo de iniciativa, que conta com parceria das empresas GD Solar e Green Yellow. “Essa ação reforça nosso compromisso com a ecoeficiência de longo prazo para nossas operações e com o meio ambiente e sociedade de maneira geral”, afirma Vieira.

A projeção é de que seja possível aumentar a cobertura no estado considerando as agências tecnicamente viáveis. Até 2020, o Itaú Unibanco prevê expandir a iniciativa para outras regiões de Minas Gerais e também para os Estados do Rio de Janeiro e São Paulo.

Veja também: Micro e minigeração de energia solar fotovoltaica chega a 500 MW no Brasil

Sustentabilidade

Em 2018 o Itaú Unibanco tornou públicas algumas ações de sustentabilidade realizadas nas operações e nos serviços. A ecoeficiência foi uma delas. Consiste em mensurar, gerenciar e otimizar a gestão de água, energia, papel, resíduos e emissões de gases de efeito estufa. “Temos inclusive metas públicas para todos esses recursos. Ex: agência Butantã (zona oeste de SP); painéis solares nos prédios; água de reúso, certificação FSC em papéis”, explica Denise Hills, consultora chefe de Sustentabilidade da instituição.

O Itaú Unibanco procura investir também em inovação e produtos sustentáveis, desenvolvendo estudos de mercado em conjunto com áreas de negócio para a viabilização de novos serviços. “No ano passado, validamos a criação de novos produtos com foco em energia e infraestrutura. Um exemplo foi o financiamento de painéis solares, crediário para carro elétrico, campanhas para emissões de green bonds, entre outros”, afirma Denise.

A economia sustentável é pauta constante nas ações do banco, que procura monitorar o fluxo de capital para setores sustentáveis, de forma a influenciar e fomentar uma economia de baixo carbono e inclusiva. Tanto no crédito quanto nos recursos de terceiros (WMS), são avaliados os riscos e oportunidades socioambientais das operações.

Outros temas importantes abordados são orientação financeira; diálogo e transparência, compartilhando com o mercado os resultados e práticas econômicos, sociais e ambientais; microcrédito; e diversidades e inclusão.

“O Itaú acredita que atuar em sustentabilidade é utilizar seu core business para gerar impacto positivo na sociedade. Inclusive esta é a melhor forma de buscar nossos resultados e gerar performance sustentável. Por isso atuamos nas mais diferentes frentes de negócios de forma a internalizar aspectos e desafios ambientais, sociais e de governança”, diz Denise Hills.

Não é só o comando do banco que procura deixar o tema da sustentabilidade cada dia mais fundamental, funcionários, fornecedores e clientes têm um papel decisivo nessa busca. “Acreditamos que todos têm um papel decisivo na transição para uma economia sustentável. Buscamos atuar em sustentabilidade e influenciar positivamente os stakeholders. Por exemplo, com clientes, entendemos que eles possuem o poder de escolha de seus produtos e serviços; os fornecedores podem promover esta transição por meio das operações e de toda sua cadeia; já os nossos colaboradores têm o papel de aplicar a sustentabilidade no dia-a-dia, além de serem embaixadores do assunto para suas redes de contato”, afirma a consultora chefe de Sustentabilidade.

painel solar fotovoltaico
Painel de energia solar fotovoltaica. Tecnologia foi utilizada na primeira fase do projeto de Geração Distribuída de Energia Solar do Itaú Unibanco. Foto: Shutterstock.

Mudanças climáticas

No início de 2019, o Itaú Unibanco revisitou a abordagem para tratar de temas relacionados às mudanças climáticas e lançou seu posicionamento, que vai nortear a atuação da instituição. A iniciativa tem como objetivo estimular a transição para uma economia de baixo carbono e, com isso, influenciar sua cadeia de valor, abrangendo clientes e fornecedores. Contempla também a ampliação do uso de energia proveniente de fontes renováveis em seus polos e unidades administrativas.

O novo posicionamento traz transparência às ações do banco relativas à agenda de finanças climáticas. Entre as atividades estão a avaliação e a consideração dos riscos e oportunidades para os clientes, os negócios e a sociedade no que tange à mudança do clima.

O posicionamento segue as recomendações do Finantial Stability Board (FSB), por meio do documento “Task Force on Climate-related Financial Disclosures (TCFD)”, bem como as metas de um dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Organização das Nações Unidas (ONU), de número 13, que visa às ações contra a mudança do clima.

Saiba mais: Qual é a relação da construção sustentável com os ODS

“Entendemos a relevância que o tema mudanças climáticas tem globalmente, além do seu impacto em toda a sociedade. Enquanto instituição financeira, nos relacionamos com todos os setores produtivos da economia e, assim, acreditamos ter potencial para influenciar transformações positivas na sociedade e fomentar uma economia de baixo carbono”, conclui Denise Hills.

Confira aqui o novo posicionamento na íntegra.

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