A designação do Rio de Janeiro como Capital Mundial da Arquitetura é um reconhecimento pelo passado arquitetônico, histórico e cultural. Saiba mais.

Rio será a primeira Capital Mundial da Arquitetura
Foto: pxhere.

No último dia 18 de maio, o Conselho da União Internacional dos Arquitetos (UIA) se reuniu em Oaxaca, no México, para aprovar – por unanimidade – a nomeação da cidade do Rio de Janeiro à Capital Mundial da Arquitetura UIA/UNESCO 2020. A obtenção do título faz parte do programa proposto pela Prefeitura do Rio – com apoio do Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB) – para 2020, quando a capital fluminense sediará o 27º Congresso Mundial de Arquitetos.

Cabe à Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) agora fazer a designação formal do título, conforme contrato firmado com a UIA. O Rio é a primeira cidade a receber o título – a próxima deverá ser Copenhagen, na Dinamarca, sede do 28º Congresso Mundial de Arquitetos.

A designação do Rio de Janeiro como Capital Mundial da Arquitetura UIA/UNESCO 2020 tanto é um reconhecimento pelo passado arquitetônico, histórico e cultural, quanto uma oportunidade de reflexão e proposição de futuro da arquitetura, do paisagismo, do urbanismo e, consequentemente, das cidades.

Para Sérgio Magalhães, presidente do Comitê Executivo do UIA 2020 Rio, o principal legado para a cidade será atrair o olhar das autoridades públicas e da sociedade para os atuais desafios urbanos, em busca da construção de cidades mais justas, inclusivas e sustentáveis.

“O programa pressupõe uma ampla reflexão sobre a questão arquitetônico-urbanística, com a identificação de metas que possam ser traçadas para os marcos de 2025 e 2030, tanto para a cidade do Rio de Janeiro quanto para o sistema urbano do País como um todo, articuladas com as metas da UNESCO e da ONU”, afirmou Magalhães.

Na opinião de Luciano Guimarães, presidente do CAU/BR, a nomeação como Capital Mundial da Arquitetura é um feito inédito que deve ser celebrado. “Para os arquitetos e urbanistas brasileiros significa a oportunidade de reafirmar internacionalmente o valor de seu trabalho em benefício de um habitat mais inclusivo, ressaltando não apenas as obras icônicas que nos dão orgulho, mas também a preocupação histórica e os recentes trabalhos no campo da arquitetura social, com destaque especial para os jovens arquitetos”, diz.

A adesão do Conselho da UIA à proposta apresentada pelo Rio de Janeiro foi comemorada por Nivaldo Andrade, presidente do Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB), e Verena Andreatta, secretária de Urbanismo, Infraestrutura e Habitação do Rio.

“Demonstramos que a cidade, com sua arquitetura diversificada, têm total capacidade de realizar grandes eventos”, comemorou Verena. O presidente do IAB destacou a parceria e o apoio da administração municipal do Rio de Janeiro. “Temos certeza que não só estamos preparados para receber um evento desta magnitude, mas de que vamos criar uma referência para as próximas edições”, afirma Nivaldo.

A programação tem início com o réveillon de 2018, que terá como tema “Todos os mundos. Um só mundo. Arquitetura 21”, o mesmo do programa Rio Capital Mundial da Arquitetura e do congresso mundial que será sediado em 2020.

Após a chancela da UNESCO, a cerimônia de assinatura da designação do Rio Capital Mundial da Arquitetura UIA/UNESCO 2020 deverá ocorrer em agosto deste ano. O 27º Congresso Mundial de Arquitetos, maior evento internacional do setor, que tem expectativa de atrair 15 mil arquitetos e urbanistas de todo o mundo para o Rio de Janeiro.

Fonte: CAU/BR

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