Enquanto a Petrobras apresentou relatório de economia de água, a Philip Morris Brasil ganhou certificação inédita no país.

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Petrobas mostrou os resultados de sua gestão de recursos hídricos no Fórum Mundial da Água (Steferson Faria/Petrobras)

Grandes empresas, sejam brasileiras ou do exterior com atuação no país, apresentaram resultados de políticas de sustentabilidade ligadas à gestão de recursos hídricos durante o 8º Fórum Mundial da Água, que acontece até amanhã (23) em Brasília.

Em seu relatório Água na Petrobras, a petroleira de controle estatal afirmou ter reutilizado, no ano passado, 25,4 milhões de metros cúbicos de água, ou 12,5% de toda sua demanda. O volume seria suficiente para abastecer uma cidade de 615 mil habitantes por um ano. Outros 177 milhões de metros cúbicos foram captados da natureza, seja de rios e reservatórios (115 milhões), poços subterrâneos (20,9) ou concessionárias de abastecimento (41,8).

Esse volume de água tratada triplicou desde 2007, quando era de 8 milhões. De acordo com a Petrobras, a economia financeira, considerando o que seria gasto com a captação dessa quantidade de água, foi de R$ 24,2 milhões em 2017. Na outra ponta da cadeia, a companhia tratou 293,2 milhões de metros cúbicos de efluentes antes de lança-los no meio-ambiente. São, ao todo, 455 instalações usuárias de água e geradoras de efluentes.

Volume de água reutilizada pela Petrobras na última década

A petroleira destacou também no relatório seus sistemas de inteligência para gestão integrada dos recursos hídricos e avaliação desses números. O Data Hidro (Sistema Corporativo sobre Recursos Hídricos e Efluentes) monitora os parâmetros físicos, químicos e biológicos das correntes hídricas, além de registrar os lançamentos de efluentes e o fluxo de captação da água.

Já o Índice de Risco de Escassez Hídrica (IREH), elaborado em parceria com a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), avalia continuamente as condições das fontes de água e a possibilidade de escassez hídrica das instalações da Petrobras, para evitar a paralisação das atividades.

Certificação

Por sua vez, a Philip Morris Brasil recebeu durante o fórum a certificação da Alliance for Water Stewardship (AWS – Aliança para Administração da Água) para sua planta em Santa Cruz do Sul (RS). Foi a unidade produtiva brasileira a receber o selo, especializado me questões hídricas, que atesta processos em linha com hidrográfica e às necessidades da comunidade onde a empresa está localizada.

Colaboraram para isso a redução de 30,5% no volume de água utilizado para a produção de cigarros entre 2010 e 2017 – a empresa prevê uma economia de mais 2,8% neste ano. Além disso, a Philip Morris tratou mais de 30 mil metros cúbicos de efluentes e reutilizou mais de 9 mil metros cúbicos de água no ano passado.

Jeans Rupp, gerente de Sustentabilidade da Philip Morris International, Alejandro Okroglic, diretor de Operações da Philip Morris Brasil, Ursula Antunez e Lucas Engelbrecht, executivos da Certificadora SGS ICS (Divulgação/Philip Morris)

A fabricante também se engajou em atividades com a comunidade local, como uma parceria com a Associação Pró-Ensino em Santa Cruz do Sul, da Universidade de Santa Cruz do Sul (APESC/UNISC), para recuperação de nascentes que compõem a sub-bacia do do Arroio Andréas, que por sua vez é parte da Bacia Hidrográfica do Rio Pardo. A companhia recompensa financeiramente os agricultores para que preservem as nascentes.

Novo compromisso

Por fim, o Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS), que inclui empresas como  Ambev, Braskem, Coca-Cola Brasil, CPFL, Ecolab, Boticário, Unilever e Vedacit, divulgou um compromisso para a gestão responsável dos recursos hídricos, promovendo ações de combate ao desperdício e eficiência na indústria.

O documento possui seis itens básicos: promoção ao engajamento da cadeia produtiva; a contribuição com tecnologias, conhecimento, processos e recursos humanos; incentivo a projetos compartilhados em prol da água; a medição e comunicação pública da gestão da água na empresa; ampliar a inserção do tema água na estratégia de negócios; e mitigar os riscos da água para o negócio.

“O compromisso é o primeiro passo para a criação de uma plataforma, na qual as empresas irão compartilhar suas melhores práticas e oferecer à sociedade transparência sobre a utilização da água em suas atividades”, explicou a presidente de CEBDS, Marina Grossi, acrescentando que a plataforma ficará como um legado do Fórum Mundial da Água e poderá servir de base para influenciar outras empresas a também adotarem medidas inspiradas nas experiências relatadas.

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