Centro Tecnológico de Plataformas Vegetais, de Bio-Manguinhos/Fiocruz, adquiriu a certificação AQUA-HQE na fase de pré-projeto.


green yearbook 2018


imagem do projeto do Centro Tecnológico de Plataformas Vegetais
CPTV foi certificado na fase pré-projeto do AQUA-HQE. Foto: Divulgação/CPTV_Fiocruz

O Centro Tecnológico de Plataformas Vegetais (CTPV), unidade do Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Bio-Manguinhos) da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) situado na cidade de Eusébio (CE), reflete o que há de mais moderno em instalações para o desenvolvimento em grande escala de produtos biofármacos baseados em plataformas vegetais.

Nos últimos anos, a Fiocruz tem dado maior atenção aos investimentos feitos em relação à sustentabilidade de suas instalações, exigindo que as empresas que participam dos editais de licitação cumpram requisitos sustentáveis em suas propostas – incluindo os referenciais técnicos da Fundação Vanzolini para obter a certificação AQUA-HQE.

O CTPV adquiriu a certificação AQUA-HQE para a fase de pré-projeto, alcançando a classificação de “Melhores Práticas” e ”Boas Práticas” na maioria dos itens analisados. As soluções tecnológicas adotadas visam estabelecer uma operação igualmente sustentável. Confira abaixo.

vista aérea Centro Tecnológico de Plataformas Vegetais
Visão geral da implantação do projeto. Foto: Divulgação/CPTV_Fiocruz

Sítio e construção: A construção privilegiou sistemas industrializados, como fechamentos em placas de concreto pré-moldado e utilização de estruturas pré-moldadas em algumas das suas edificações. O projeto foi desenvolvido de forma modular, utilizando módulos de 60 cm para definições de estrutura e divisão entre ambientes. Esta medida adotada na etapa de projeto permite a redução do desperdício de materiais e, consequentemente, a redução da geração de resíduos no canteiro de obras. Durante as obras também serão controladas a qualidade dos materiais e seus aspectos ambientais. A preocupação com o entorno também definiu alguns conceitos do projeto, que realizou um estudo com a vizinhança para entender quais as necessidades e expectativas dos moradores locais;

Eficiência no uso de água: Para reduzir o consumo de água foram adotadas as seguintes medidas: especificação de torneiras, bacias sanitárias e chuveiros de baixo consumo; priorização de uso de espécies vegetais nativas e bem adaptadas ao clima da região, diminuindo, assim, a necessidade de irrigação; e alteração da pressão na tubulação de água para reduzir a vazão nos pontos de consumo. O empreendimento também conta com Estações de Tratamento de Água e Esgoto próprias, fazendo o reaproveitamento de parte das águas pluviais e da totalidade do esgoto para fins não potáveis;

Energia e atmosfera: Foram utilizados brises nas fachadas, películas refletivas nos vidros e sistemas de revestimentos externos com propriedades térmicas para diminuição do consumo de energia com ar-condicionado. O uso de equipamentos mais eficientes – como ar-condicionado, bombas e lâmpadas LED – contribui para redução na conta de energia. O projeto também tirou partido da iluminação natural dos ambientes, através de estudos de incidência de luz solar. Outro importante destaque do Centro Tecnológico de Plataformas Vegetais é a instalação de placas fotovoltaicas na cobertura de algumas edificações para o aproveitamento de energia solar;

Gestão de resíduos: O projeto contempla a criação de um depósito de resíduos sólidos com mais de 300 m² de área construída para a realização da triagem dos resíduos gerados, incluindo infectantes e químicos. Os itens que têm contato com organismos geneticamente modificados serão inativados em uma central localizada no subsolo do edifício principal, antes de serem descartados. Além disso, está prevista uma área de compostagem para reaproveitamento da matéria orgânica dentro do próprio empreendimento;

Operação e manutenção: O projeto do Centro Tecnológico de Plataformas Vegetais foi elaborado visando uma manutenção predial otimizada e o fácil acesso às instalações e aos equipamentos. Assim, em locais passíveis de adaptações frequentes ou ocasionais foram empregados materiais e sistemas de fácil desmontagem e reutilização. O empreendimento contará ainda com um sistema de automação predial com controle de acessos, de sistema de ar-condicionado e acompanhamento do consumo de energia e água;

Conforto ambiental e saúde: A arquitetura bioclimática trabalhou para garantir, especialmente, o conforto pretendido em relação à temperatura interna e qualidade do ar. O sistema de fachadas ventiladas – aproveitando elementos arquitetônicos para sombreamento e ventilação – e os revestimentos externos aplicados em cores claras diminuem a absorção de calor.

O conteúdo completo desta matéria poderá ser conferido no Green Yearbook 2018 – Certificações e Sustentabilidade no Brasil. Acompanhe o Going Green Brasil para mais conteúdos exclusivos do Anuário nos próximos dias. Para saber como participar envie uma mensagem pelo e-mail info@goinggreen.com.br.
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