Dando sequência as matérias especiais do Anuário Green Yearbook, apresentamos o Parque Madureira: primeira certificação AQUA-HQE de espaço público.


green yearbook 2018


vista área parque madureira
Parque Madureira tem mais de 3,15 km de extensão. Foto: Divulgação/Riotur

O Parque Madureira é um dos grandes cases de referência quando o assunto é sustentabilidade em equipamentos urbanos. Não à toa, conquistou a primeira certificação AQUA-HQE de espaço público no Brasil. Além disso, trata-se da terceira maior área verde da cidade do Rio de Janeiro.

O terreno ocupado tem mais de 3,15 km de extensão, sendo mais de 30% de área verde. O objetivo foi criar um espaço amplo de áreas verdes e de lazer, incentivar práticas saudáveis e esportivas, promover cultura, arte e educação ambiental para a comunidade do entorno e seus usuários.

A execução do Parque Madureira foi dividida em quatro fases: a 1ª com 89.300 m² de extensão foi aberta ao público em 2012; a 2ª fase conta com 56.630 m² e foi concluída em 2015; a 3ª fase possui 55.700 m² e foi inaugurada em 2016; já o último trecho foi dividido em duas fases, sendo 13.560 m² inaugurados em 2016 e 40.500 m² concluídos em 31 de janeiro de 2018.

Conheça abaixo alguns diferenciais sustentáveis atestados pela Fundação Vanzolini:

parque madureira lazer
Espaço é destinado para atividades de cultura, lazer, esportes e educação ambiental. Foto: Divulgação/Riotur

Sítio e construção: O respeito com o meio ambiente foi decisivo para algumas decisões sustentáveis, principalmente em relação ao cuidado com contaminação do solo. Os fornecedores selecionados passaram por controle de qualidade, de acordo com alguns critérios estabelecidos, e todas as madeiras possuem origem legal ou são provenientes de reflorestamento. Também foi reaproveitado grande quantidade de madeira de uma pista de skate doada para confecção de fôrmas;

Eficiência no uso de água: O projeto paisagístico optou por espécies nativas que são adaptadas ao baixo consumo de água, além disso, a irrigação recebeu controle automatizado, o qual é conectado a uma central meteorológica, evitando regas excessivas ou desnecessárias em tempo de chuva. Há também um sistema de captação de águas pluviais instalado nas coberturas dos edifícios e na pista de skate. Na 1ª fase, a redução do consumo de água foi de 63% para irrigação e 35% para edifícios. Nas fases seguintes, os números foram de 39,4% para irrigação e 16,7% nos edifícios;

Energia e atmosfera: As edificações diminuíram o consumo de energia de forma passiva – aproveitando soluções arquitetônicas adequadas – e ativa – com equipamentos eficientes e sistemas de iluminação de alto desempenho nas áreas internas e externas. Como o Rio de Janeiro tem grande incidência solar, foram instalados painéis fotovoltaicos para geração de energia na cobertura de dois edifícios. A redução do consumo foi de 20% na 1ª fase e de 75% nas fases subsequentes;

Conforto ambiental e saúde: As sombras proporcionadas pelas árvores de grande porte contribuem para garantia de temperaturas mais amenas e um clima mais agradável na região. Ao todo, as áreas verdes do parque representam 32,5% de toda área do terreno, promovendo a redução do efeito de ilhas de calor. Elas também são responsáveis por filtrar o ar e mitigar os efeitos da poluição sobre o Parque do Madureira, contribuindo diretamente para o ar do bairro.

O conteúdo completo desta matéria poderá ser conferido no Green Yearbook 2018 – Certificações e Sustentabilidade no Brasil. Acompanhe o Going Green Brasil para mais conteúdos exclusivos do Anuário nos próximos dias. Para saber como participar envie uma mensagem pelo e-mail info@goinggreen.com.br.
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