Parceria foi feita com a BYD, que será responsável pela distribuição dos ônibus elétricos na capital paulista. Modelo é mais sustentável e econômico.
Recentemente a Prefeitura Municipal de São Paulo anunciou um projeto piloto que vai colocar 15 ônibus elétricos para circular na cidade. A expectativa é que estes veículos estejam nas ruas em até dois meses.
De acordo com um comunicado emitido pela Prefeitura, existe uma preocupação em relação à emissão de poluentes, assim, o projeto permitirá ter uma dimensão exata da contribuição do meio de transporte sustentável. “Um teste será bem-vindo porque este é o momento de avaliar a capacidade do veículo elétrico para atender a cidade de São Paulo e analisar todas as contingências do modelo apresentado”, afirma João Octaviano Machado Neto, secretário de Mobilidade e Transportes.
O uso de veículos eletrificados – ou seja, elétricos e híbridos – é uma importante alternativa de transporte sustentável, já que estes modelos emitem menos poluentes ao meio ambiente e utilizam energia limpa. De acordo com um cálculo feito pela Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE), se a cidade de São Paulo adotasse ônibus elétricos em 100% de sua frota, ela deixaria de emitir 14,3 milhões de toneladas de gás carbônico (CO2) na atmosfera.
A BYD será a responsável pela distribuição dos ônibus elétricos. A empresa chinesa fabrica três modelos de chassis de ônibus elétricos que têm a alimentação da bateria feita de fosfato de ferro (LiFePO4). Entre as vantagens estão a recarga em até 5 horas, autonomia entre 220 e 330 km, baixo custo de manutenção e oito anos de garantia.
Segundo a BYD, a garagem da concessionária escolhida terá uma subestação ligada diretamente ao sistema nacional, garantindo a energia necessária para o abastecimento dos veículos.
Vale ressaltar que 60% da frota de ônibus de São Paulo possui motor padrão Euro V, que tem o objetivo de mitigar a emissão de poluentes.
Em 2030, 30% da frota brasileira será eletrificada
Segundo estudo da consultoria McKinsey – divulgado durante o Congresso da Mobilidade e Veículos Elétricos (C-MOVE), que ocorreu no último mês de setembro –, 30% da frota brasileira de veículos vendidos terá algum tipo de eletrificação até 2030.
O estudo também destacou que existem trabalhos em andamento para baratear o custo de etanol em veículos híbridos. Bernardo Ferreira, sócio associado da consultoria McKinsey no Brasil, comentou os dados e disse que ainda há muito a avançar, no entanto, as expectativas são boas.
“Começamos a enxergar algumas mudanças de comportamento dos consumidores, incentivo da indústria e investimento em novas tecnologias. Por isso, precisamos entender o que precisa ser melhorado para avançarmos ainda mais”, concluiu Bernardo.