Centro de Convenções de Pernambuco poderá ter redução de emissão de carbono em 61% e, em 35 anos, gerar mais de R$ 440 milhões em contratação de serviços decorrente do turismo de negócios

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Vista aérea do Cecon-PE

As práticas ESG não são mais uma preocupação apenas do setor privado já que o desenvolvimento sustentável se estabeleceu como diferencial competitivo em nível municipal, estadual e federal. Prova disso é que, nas próximas semanas, o Governo do Estado de Pernambuco fará a licitação do Centro de Convenções de Pernambuco (Cecon) na B3, em São Paulo, com outorga onerosa inicial de aproximadamente R$ 4,7 milhões. A modelagem de concessão sustentável do Cecon foi desenvolvida pelo Grupo Houer em parceria com a startup SEALL, que traçou as diretrizes sustentáveis.

Com isso, a concessão sustentável realizará uma série de intervenções seguindo parâmetros ESG alinhados aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Agenda 2030, promovida pela ONU. O potencial médio de redução das emissões de carbono chegará a 61% e a redução do custo operacional a 54% para os eixos de resíduos, energia e água com as soluções sustentáveis.

Números expressivos mostram potencial da concessão sustentável

Os números mostram o impacto que a modelagem de concessão sustentável poderá gerar para o estado e as estimativas para os próximos 35 anos são expressivas. O Cecon terá um investimento previsto de R$ 40 milhões e custos operacionais de R$ 542 milhões. Em contrapartida, o potencial valor gerado com a contratação de serviços decorrentes da permanência dos turistas de negócio em Pernambuco seria de R$ 443 milhões, enquanto o potencial valor gerado com a venda de produtos alimentícios em decorrência do turismo de negócios atraído pelo Centro de Convenções seria de R$ 343 milhões.

Em relação a remuneração para contratados do Cecon, o valor potencial fica em torno de R$ 42 milhões em geração de trabalho e renda, e R$ 5 milhões em remuneração para serviços terceirizados contratados para organização dos eventos. Todos os dados apresentados acima são gerados a partir da mensuração feita pela SEALL levando em conta a previsão do retorno social do investimento.

Gabriela Ferolla, diretora executiva da SEALL, explica que a partir da aplicação da modelagem exclusiva SEALL para a realização do estudo de sustentabilidade do projeto, identificou-se que a modelagem está alinhada estrategicamente e impacta prioritariamente 7 dos 17 ODS. Destaque para o ODS 7, sobre energia limpa e acessível, que prevê até 2030 um aumento substancial na participação de energias renováveis na matriz energética global e dobrar a taxa global de melhoria da eficiência energética; ODS 8, sobre promover o crescimento econômico sustentado, inclusivo e sustentável, emprego pleno e produtivo e trabalho decente para todas e todos; e o ODS 12, sobre consumo e produção responsáveis.

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Gabriela Ferolla, diretora executiva da SEALL

“O projeto do Cecon é inovador porque a sustentabilidade não é trabalhada como um item separado do processo. A integração das perspectivas ESG com a técnico-operacional, desde o início do processo de análise técnica e de viabilidade econômico-financeira, faz com que possamos alcançar resultados expressivos. Também trouxemos uma visão integrada de parâmetros nacionais e internacionais para sustentabilidade e investimentos responsáveis. Assim, a concessionária poderá acessar futuramente arranjos financeiros mais vantajosos para a realização dos investimentos necessários. Todos os parâmetros foram modelados para que o projeto tenha o potencial de emissão de um título sustentável, como os green bonds”, explica Gabriela Ferolla, diretora executiva da SEALL.

Para o secretário executivo de Planejamento e Gestão de Pernambuco, Marcelo Bruto, à frente da Secretaria Executiva de Parcerias e Estratégias, a concessão vai trazer novos mecanismos de fomento e promoção em busca da maior utilização do Centro de Convenções, proporcionando ganhos diretos para o Estado em termos de turismo e compartilhamento de receitas com o setor público. “O projeto, que prevê uma completa revisão e modernização da infraestrutura do equipamento, com mobilização de investimentos e recursos privados, integra o Programa de Parcerias Estratégicas de Pernambuco, que conta atualmente com outros 11 projetos na carteira, trabalhados de forma transparente, com uma equipe multidisciplinar dedicada”, destaca.

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