Evento acontece anualmente em cidades que investem na cultura do ciclismo como transporte e meio de vida e na mobilidade urbana. 

Evento discute mobilidade urbana no Rio
Foto: pxhere.

O Rio de Janeiro está pronto para se tornar a capital mundial da bicicleta nesta semana, quando recebe um dos maiores eventos sobre ciclismo e mobilidade urbana. De 12 a 15 de junho, a expectativa do Velo-city 2018 é de reunir cerca de 2 mil participantes. O conceito principal deste ano é “Acesso à Vida”. Uma cidade do futuro é uma cidade com acesso à vida.

O Velo-city traz debates, plenárias e palestras que reúnem os maiores nomes da ciclomobilidade mundial, relacionando o tema com segmentos de educação, transporte, turismo, lazer, cultura, inovação, sustentabilidade e políticas públicas. Além disso, 165 trabalhos acadêmicos selecionados de vários países serão apresentados completam a programação.

Realizada pela Federação Europeia de Ciclistas (ECF – European Cyclists’ Federation) em parceria com a Prefeitura do Rio – através da Riotur –, esta é a primeira vez que a América do Sul recebe o evento. Depois de realizar edições na Europa, América do Norte, Austrália e Ásia, o Conselho da ECF não hesitou em promover uma edição sul-americana. “O Rio de Janeiro foi a escolha mais evidente”, afirmou Manfred Neun, presidente da ECF.

Durante os dias em que abriga a Velo-City, o Rio de Janeiro se transforma na capital mundial da bicicleta, um meio de transporte saudável, não poluente e sustentável. Escolhida em 2015 para sediar o evento deste ano, o Rio busca fazer jus à seleção por meio da conexão orgânica deste meio de transporte com a cultura da cidade.

“A bicicleta é a cara do Rio e queremos apresentar ao mundo nosso potencial para o cicloturismo e como esse meio de transporte está incorporado ao nosso cenário.”, explica Marcelo Alves, presidente da Riotur.

Sustentabilidade em destaque

O programa abrangente do Velo-city vai além da abordagem acadêmica ou política, trazendo o viés social da mobilidade urbana aplicado à vida prática e aos conceitos de sustentabilidade, economia e qualidade de vida.

Algumas sessões da programação são dedicadas à pesquisa científica sobre a bicicleta como meio de transporte, formando o Scientists for Cycling, um compilado de trabalhos selecionados pela ECF em parceria com a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), apresentados por estudiosos de todo o mundo.

Um das plenárias aborda “Os desafios das Megacities”, discutindo os obstáculos e oportunidades para o desenvolvimento de um sistema de mobilidade sustentável nas megacidades. Já a sessão “O poder e benefício econômico do cicloturismo” aborda um turismo mais sustentável com maior benefício econômico para cidades e regiões.

A mesa “Governança” promove um encontro de políticos de diferentes países sobre o desenvolvimento de sistemas de transporte e mobilidade inclusivos, eficientes e saudáveis. Entre os participantes, estão Pascal Smet – Ministro de Mobilidade da Região de Bruxelas (Bélgica) –, Carolina Toha – ex-Prefeita de Santiago (Chile) –, Ninna Hedeager – subprefeita de Sustentabilidade de Copenhagen (Dinamarca) – e Marcelo Crivella – Prefeito do Rio de Janeiro.

Outra sessão que merece destaque é a de “Políticas Globais”, que conta com a presença das principais entidades mundiais que tratam sobre o tema: o Banco Mundial e a Organização das Nações Unidas (ONU), representadas por suas agências OMS (Organização Mundial da Saúde) e UN Habitat, e SUM4ALL (Mobilidade Sustentável para Todos). O enredo dessa plenária é focado na importância da bicicleta para alcançar melhores políticas de desenvolvimento urbano sustentável.

A programação completa e demais informações, como inscrições, podem ser conferidas no site oficial do Velo-city 2018.

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