Percepção de sustentabilidade e custo menor de abastecimento é o que motiva a aprovação. No entanto, apenas 10% já guiaram um carro do tipo

Carro elétrico
Carro elétrico em Amsterdã. Modelos econômicos ainda não chegam à América do Sul, o que dificulta a disseminação do modelo (Foto: Ludovic Hirlimann/Wikicommons)

Oito a cada dez pessoas na América do Sul estão “abertas” a comprar um carro elétrico. É o que aponta uma pesquisa da montadora de automóveis Nissan recém-divulgada. Com o apoio da C230, braço de consultoria da Fundação Think Tank IDEA, a empresa japonesa constatou no levantamento que a região latino-americana tem um alto nível de interesse por carros movidos a bateria.

Enquanto 80% da população pesquisada já ouviu falar dessa tecnologia, apenas 10% já guiaram um carro elétrico. Ao todo, foram 5,7 mil pessoas entrevistadas em Argentina, Brasil, Chile, Colômbia e Peru.

Os motivos que levam os sul-americanos a considerar o carro elétrico são ambientais e econômicos. Enquanto 80% se dizem propensos a adquirir um veículo a bateria por reduzir a poluição no ar, 73% consideram que os custos de abastecimento são menores que nos carros movidos a combustíveis fósseis.

Dificuldades, no entanto, também foram identificadas. No levantamento da Nissan, 75% dos entrevistados consideram que pode ser complicado encontrar um ponto de recarga. Já 60% temem que a carga disponível não seja suficiente para o uso diário, e 63% acham que o tempo para recarregar o carro pode ser demasiado longo.

Veja abaixo o resumo dos dados obtidos no estudo:

Veículos autônomos

A pesquisa da Nissan, que acompanhou o lançamento de um novo modelo de carro elétrico, também questionou a população sobre o uso de carros autônomos – que dispensam o motorista para sua condução. Esse modelo vem gerando polêmica nos testes realizados, principalmente após um veículo da Uber atropelar e matar, na última semana, uma pedestre nos Estados Unidos. Todos os testes foram suspensos desde então.

A pesquisa constatou que apenas 35% das pessoas já ouviram falar dos carros autônomos – percentual que sobe para 45% no Brasil. Mas, uma vez sabendo do que se trata, 69% se mostraram dispostos a utilizar essa classe de veículo.

Já 58% dos perguntados afirmaram que os carros autônomos melhorariam a situação da mobilidade nas suas cidades – esse é o principal argumento das empresas que testam a tecnologia. Além disso, 70% acham que a novidade diminuiria o número de acidentes veiculares.

Mercado

No Brasil, os carros elétricos ainda são pouco disseminados. Em 2017, apenas 3.296 unidades foram vendidas em, segundo informações da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea). Apesar do número ser três vezes maior que o observado no ano anterior, representa muito pouco em relação aos 2,2 milhões de carros comercializados no Brasil no mesmo período.

A nível global, a frota mundial de veículos abastecidos a energia elétrica chegou a 3,2 milhões no ano passado, crescimento de 55% sobre 2016. A China, que já tem 1,2 milhão de carros do tipo, é a principal responsável pelo crescimento, de acordo com o Centro de Pesquisa em Energia Solar e Hidrogênio de Baden-Württemberg (ZSW), na Alemanha.

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