Sistemas de ar condicionado ajudam na qualidade do ar e devem merecer atenção especial neste momento de pandemia, evitando o contágio ou agravamento das condições de saúde.


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Edson Alves da Star Center
Edson Alves, CEO da Star Center e presidente da Smacna Brasil

Nestes tempos de quarentena, um dos aspectos que despertam preocupação está relacionado à qualidade do ar. Nos ambientes de convívio, o ar que respiramos tem impacto direto na saúde das pessoas, em especial daquelas que podem ser vulneráveis ou que pertençam ao grupo de risco do contágio da covid-19. Daí a importância do uso correto do ar condicionado nestes ambientes.

“Um ambiente climatizado não significa que o ar seja de boa qualidade. Por isso, é necessário atender aos requisitos de reposição de ar externo e filtragem do ar, bem como, executar a manutenção conforme planejado no PMOC”, destaca Edson Alves, CEO da Star Center, empresa de soluções em climatização com mais de 30 anos no mercado.

O PMOC, ou Plano de Manutenção, Operação e Controle, trata-se de um conjunto de documentos em que constam dados da edificação, do sistema de climatização, procedimentos e rotinas de manutenção e limpeza, comprovados por um responsável técnico. Essa norma foi estabelecida através de uma lei promulgada 2018 e delibera quanto a parâmetros para a qualidade do ar, determinados por resolução do Ministério da Saúde e Anvisa, voltada para qualquer tipo de ambiente de uso público e comum, como museus, bibliotecas, shopping centers, hospitais. Entre os itens observados, níveis máximos de concentração dos poluentes mais conhecidos e de fácil detecção, entre eles o índice de gás carbônico e quantidade de fungos.

A proliferação de fungos em ambientes climatizados é muito comum onde não se tem uma manutenção periódica dos equipamentos e isso pode desencadear diversas doenças. Além disso, o ritmo acelerado de expansão do coronavírus reforça a necessidade de cuidados extras em relação a diferentes características do cotidiano. Para garantir o conforto dos usuários e prevenir doenças, a qualidade do ar interno é extremamente importante. “Quando o sistema está em condições adequadas, os funcionários tornam-se mais produtivos, reduzem-se as taxas de ausência (afastamento) e, consequentemente, há um maior retorno financeiro às empresas e aos funcionários”, completa Alves.

A ABRAVA – Associação Brasileira de Ar Condicionado, Refrigeração, Ventilação e Aquecimento – destaca algumas medidas preventivas que podem contribuir para o funcionamento de um ambiente com segurança e o controle do contágio por meio do vírus. São elas:

  • A renovação (que garante a ventilação e circulação do ar);
  • A filtragem (com objetivo de reter partículas que possam carregar os micro-organismos);
  • O controle de temperatura e umidade (para inibir a proliferação do vírus) e;
  • O monitoramento da qualidade do ar (mantendo os níveis de dióxido de carbono dentro dos índices determinados para ambientes).

“Como se trata de um vírus descoberto recentemente, não existe ainda uma solução definitiva que elimine o risco de contaminação”, salienta Edson, que também é presidente da SMACNA Brasil.

Entretanto, no caso dos sistemas de climatização, a adoção de algumas ações técnicas e operacionais pode auxiliar na redução desses riscos. É importante salientar que essas ações têm caráter complementar e, de forma alguma, substituem àquelas determinadas pelos órgãos públicos reguladores, autoridades médicas e procedimentos corporativos de contingência para o uso e limpeza dos ambientes. São algumas sugestões:

  • Incremento das ações de manutenção preventiva;
  • Melhoria, quando possível, no grau de filtragem do ar;
  • Aumento da reposição de ar exterior;
  • Manter ligado por 24 horas por dia os sistemas de reposição de ar externo e exaustão de sanitários, copas e cozinhas;
  • Manter portas e janelas abertas para o ambiente exterior, quando possível, e evitar ambientes que possuam exaustão, para garantir o fluxo correto do ar;
  • Aplicação de lâmpadas IRC (Ionização Radiante Catalítica).

Qualidade do ar nos hospitais afeta diretamente o controle da pandemia

Em ambientes hospitalares, a qualidade do ar pode exercer uma influência direta no tratamento e na velocidade de recuperação dos pacientes, assim como na frequência de ocorrência de infecções hospitalares, mais frequentes em pacientes portadores de doenças imunodepressoras – que deprimem o sistema imunológico – e que se encontram com seus sistemas imunológicos comprometidos.

O ar-condicionado em si não propaga o vírus, mas seu mau uso pode trazer riscos para a saúde. Especialmente durante esta pandemia, é bom manter uma frequência de limpeza. O PMOC determina a limpeza interna de dutos e higienização do sistema no mínimo uma vez por semestre. A higiene garante não apenas a eliminação do coronavírus. Existem vários outros patógenos perigosos, como bactérias e fungos, que causam doenças respiratórias.

E são os pacientes de unidades de terapia intensiva (UTI) que apresentam maior risco de adquirir infecção hospitalar. Isso ocorre devido a fatores como: severidade da doença, procedimentos invasivos, tempo de internação prolongado, uso de antibioticoterapia de amplo espectro, alta densidade populacional e a relação paciente-enfermeiro-médico. Além disso, há o aumento da probabilidade de contaminação entre indivíduos, se houver alguém infectado no local e a ventilação for insuficiente, e o enfraquecimento do sistema imunológico, por condições térmicas e de umidade inadequadas.

Como na maioria dos sistemas de ar-condicionado usados no Brasil não há renovação de ar, sendo somente refrigerado, não ocorrendo uma renovação com mistura de ar externo. informa. É essencial que haja a mistura com o ar externo para garantir um ambiente salubre, para manter a qualidade do ar interno.

Nesse sentido, “para tratar e obter uma boa qualidade do ar interior, utiliza-se a reposição de ar externo, conforme orientação dos órgãos públicos reguladores e, em conjunto, a Star Center aplica algumas modernas tecnologias, como a utilização de filtros adequados e selecionados para cada tipo de aplicação. Em algumas situações, são utilizadas lâmpadas com tecnologia IRC (Ionização Radiante Catalítica)”, reforça Edson Alves.

As maiores fontes de contaminação estão no interior dos hospitais, onde as microgotículas com vírus e bactérias podem ficar até três horas suspensas no ar. Por isso, “em ambientes hospitalares, a Star Center utiliza filtros de altíssima eficiência com a finalidade de conter partículas indesejadas, além da aplicação de cascata de pressão, pois o ambiente protegido possui pressão maior que o adjacente, evitando que a partícula indesejada migre de um ambiente para outro”, completa Alves.

A importância em manter limpo o ar condicionado

qualidade do ar

O ar condicionado em empresas de grande, médio e pequeno porte é considerado um bem necessário para o conforto e segurança de funcionários, produtos, equipamentos e para as demais pessoas que ali transitam. “A manutenção e higienização do sistema de climatização deve ocorrer por uma empresa especializada e reconhecida no mercado”, alerta Alves.

Assim como em residências, é importante considerar que a própria ocupação humana pode resultar em poluição do ar em ambientes que não possuem renovação do ar. Por isso, manter os ambientes sempre limpos e arejados é essencial para manter o ambiente livre de mofo e mau cheiro, especialmente a cozinha e o banheiro – ambientes mais propícios às características.

Pensando nisso, a importância da limpeza constante é necessária para garantir o bem-estar de todos que estão em contato com o equipamento. Utilizar somente filtros para o ar não é considerada a melhor forma de garantir que o ambiente fique livre de poluições e agentes de contaminação.

“Para ambientes que não possuem climatização e ventilação ou tem manutenção deficiente, o ideal é que os mantenham desligados e com as portas e janelas abertas ao exterior”, conclui Edson Alves.

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