Empreendimento recebeu a certificação AQUA-HQE nas etapas de pré-projeto e projeto e abriu as portas para novos projetos sustentáveis da Fiocruz.


Green Yearbook 2018


Fachada Fiocruz (CE)
Primeira unidade de produção da Fundação Oswaldo Cruz fora do Rio de Janeiro. Foto: Divulgação/Fiocruz

Vinculada ao Ministério da Saúde, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) é considerada a instituição com maior destaque no campo de ciência e tecnologia em saúde da América Latina. No final de junho, a Fiocruz inaugurou a sua primeira unidade de produção fora do Rio de Janeiro. Situada na cidade de Eusébio (CE), o edifício certificado AQUA-HQE foi construído no Polo Industrial e Tecnológico de Saúde (PITS) e idealizado para ser um espaço voltado ao ensino e pesquisa.

O pioneirismo do projeto é trazer a exigência de certificação ambiental para a Fundação, além de ser o primeiro prédio público certificado do Ceará. O campus recebeu o selo nas etapas de pré-projeto e projeto, além de ter a documentação encaminhada para a etapa de execução da obra. As condições ambientais e sociais do local favorecem o processo sustentável, além de afirmar o compromisso da instituição com um desenvolvimento que estimule a cadeia produtiva a gerar inovação e preservação do meio ambiente.

Veja também: Modernidade e sustentabilidade no Centro Tecnológico de Plataformas Vegetais

Entre as soluções sustentáveis, estão:

Sítio e construção: Assim como as demais estruturas do PITS, o campus é responsável por um impacto positivo na região, melhorando a infraestrutura e valorizando a área. Ele é formado por cinco edificações de grande porte interligadas por equipamentos urbanísticos, paisagísticos e de apoio. O processo construtivo adotou um canteiro sustentável, reduzindo ao máximo a produção de resíduos, incômodos aos vizinhos e danos ao meio ambiente. Localizado às margens da Lagoa da Precabura, os esforços sustentáveis também se voltaram para evitar a poluição do solo e de águas subterrâneas e superficiais;

Eficiência no uso de água: As principais medidas para economia de água são os controladores de vazão e detectores de vazamentos nas principais colunas de água das edificações, que são monitorados via sistema de automação. Produtos eficientes otimizam o consumo de água. Outra solução fundamental é a reutilização de águas cinza, que recebem tratamento e retornam para uso não potáveis, como descargas. A estimativa é de que a economia conjunta de todas estas soluções seja de algo em torno aos 30%;

Energia e atmosfera: O projeto arquitetônico trabalhou para aproveitar melhor a iluminação natural desde a orientação das edificações no terreno até a escolha criteriosa dos materiais da envoltória com uso de brises, fachadas ventiladas e vidros de controle solar. A arquitetura também adotou critérios de ventilação natural e conforto térmico, por exemplo, não utilizando climatização artificial nos corredores e áreas de circulações comuns. Para o aproveitamento de fontes renováveis, o campus optou por placas fotovoltaicas nas coberturas das edificações, com uma área de 606 m² e geração mensal de energia de 14.660 kWh/mês. A gestão da energia recebeu o nível máximo de avaliação no processo de certificação;

Gestão de resíduos: A gestão de resíduos também recebeu a classificação mais alta nos referenciais do AQUA-HQE. Para isso, foi desenvolvido o Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos que contemplou: identificação das atividades desenvolvidas e classificação dos resíduos no empreendimento; estimativa de resíduos gerados; triagem e armazenamento dos resíduos; coleta e transporte externo; tratamento e disposição final;

Operação e manutenção: Buscando maior eficiência na operação, o sistema de automação é interligado a todos os subsistemas, assim, pode realizar o controle de condicionamento do ar, monitoramento de gastos de recursos naturais, controle de manutenções necessárias e gestão como um todo. Já pensando na facilidade de manutenção, o projeto de arquitetura dimensionou os acessos aos shafts, casas de máquina e pavimentos técnicos sem riscos e incômodos aos colaboradores, permitindo a fácil substituição dos equipamentos de resfriamento.

O conteúdo completo desta matéria poderá ser conferido no Green Yearbook 2018 – Certificações e Sustentabilidade no Brasil. Acompanhe o Going Green Brasil para mais conteúdos exclusivos do Anuário nos próximos dias. Para saber como participar envie uma mensagem pelo e-mail info@goinggreen.com.br.
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