Premiação aconteceu durante Smart City Expo World Congress, maior evento de cidades inteligentes do mundo. Brasil destaca ações para transformação urbana.

singapura
Cidade-estado de Singapura.

O Smart City Awards – prêmio mundial que reconhece as melhores iniciativas relacionadas às cidades inteligentes e transformação urbana – elegeu Singapura como Cidade Inteligente de 2018. A premiação ocorreu durante o Smart City Expo World Congress, evento realizado entre os dias 13 e 15 de novembro, em Barcelona.

A cidade-estado de Singapura – localizada no continente Asiático – implementou o projeto Smart Nation, uma série de soluções urbanas inteligentes e inovadoras que aplica tecnologias digitais para melhorar a vida de seus moradores. Entre os exemplos, podem-se destacar aplicativos que permitem a interação entre os cidadãos e o Governo, algoritmos que visam otimizar as rotas do transporte público e análise de dados preventiva que evita vazamentos de canos de água.

Segundo o júri do Smart City Awards, Singapura se tornou um exemplo a ser seguido quando o assunto é cidade inteligente. As soluções foram realizadas de uma maneira significativa, não só melhorando o funcionamento do local, mas, também, a qualidade de serviços prestados e, consequentemente, a qualidade de vida das pessoas.

“Os esforços do Smart Nation são sobre a transformação de nosso país através da tecnologia. Continuaremos a criar uma experiência melhor para nossos cidadãos e este trabalho também deve beneficiar nossas futuras gerações”, disse Janil Puthucheary, ministro encarregado da Agência de Tecnologia do Governo de Singapura.

Outras seis categorias específicas do prêmio também elegeram seus vencedores. Confira abaixo:

  • Ideias Inovadoras

O projeto de moradia LINK implementado na Cidade do Cabo, na África do Sul, oferece locais de moradia a trabalhadores de baixa renda na comunidade. O programa sem fins lucrativos conecta desenvolvedores locais, investidores e inquilinos por meio de um aplicativo de smartphone.

  • Transformação Digital

O Governo de Gaoqing, na China, recebeu o prêmio pelo uso de tecnologias que colaboraram para promover o desenvolvimento sustentável da cidade com características urbanas e rurais, respeitando as suas particularidades.

  • Transformação Urbana

Novamente a China levou a melhor nesta categoria. O distrito de Jinshan têm construído projetos de prédios inteligentes para melhorar a qualidade de vida da população e dos ambientes de trabalho.

  • Mobilidade

O reconhecimento de iniciativa relacionada à mobilidade foi para o projeto North Avenue Smart Corridor, na cidade de Geórgia, nos Estados Unidos. Trata-se de um laboratório vivo com soluções voltadas para o gerenciamento de tráfego, melhorando as seguranças rodoviária e pública, mobilidade e meio ambiente.

  • Governança e Finanças

O vencedor foi para o projeto Mshereib Properties, da cidade de Doha, no Catar, um ambiente que integra uma série de sistemas de Internet das Coisas (IoT), plataformas de dados e aplicações digitais que colaboram para proporcionar uma melhor experiência aos seus residentes.

  • Cidades Inclusivas e Compartilhadas

A cidade holandesa Haia foi a premiada com um projeto de um living lab com soluções e inovações voltadas para a área da saúde que são revertidas em melhorias para a população.

Participação brasileira

Smart City Expo World Congress
Evento aconteceu em Barcelona. Foto: Divulgação/Smart City Expo World Congress

A 8ª edição do Smart City Expo World Congress teve a participação de representantes de mais de 700 cidades dos cinco continentes do mundo. Ao todo, mais de 470 projetos de governos, empresas, centros de pesquisas e startups concorreram aos diferentes prêmios do evento.

O Brasil, apesar de não ter vencido nenhuma categoria, teve cinco representantes entre os finalistas. O número de indicações é menor apenas do que os Estados Unidos, os quais somaram sete.

Curitiba (PR) concorreu na categoria Transformação Urbana com o programa Horta do Chef, que incentiva agricultores urbanos a venderem parte dos alimentos que cultivam aos restaurantes da cidade. Atualmente, são 25 áreas cultivadas por cerca de mil famílias de produtores urbanos. Alguns chefs renomados participam como mentores dos produtores.

A cidade catarinense de Joinville concorreu na categoria Cidades Inclusivas e Compartilhadas com o projeto Join.Valle, que visa estimular o ecossistema de inovação e aumentar a competitividade econômica da cidade. Já Sorocaba, em São Paulo, foi finalista entre as melhores iniciativas de Mobilidade por meio do projeto do VLT que ainda está em fase de construção.

A capital do Sergipe, Aracaju, esteve entre os melhores na categoria de Governança e Finanças com um projeto de digitalização de documentos públicos. Já o Instituto Tecnológico da Aeronáutica (ITA), de São José dos Campos (SP), concorreu na categoria de Ideias Inovadoras com o desenvolvimento de um sistema computacional capaz de integrar dados que colaboram nos trabalhos de urgência e emergência de motociclistas acidentados.

Cerca de 50 brasileiros – entre prefeitos, gestores públicos, executivos e empresários – integraram a comitiva que foi à Barcelona conhecer soluções ligadas às cidades inteligentes. Segundo Caio Castro, gerente comercial do iCities – empresa responsável pela comitiva em parceria com a catarinense Global Business –, a busca por soluções e tecnologias que melhorem a qualidade de vida nas cidades tem sido cada vez mais frequente.

“Os gestores públicos e executivos começaram a perceber a importância dos projetos em parceria que causem impacto significativo nos habitantes. Eles entendem que a tecnologia pode ser uma aliada na oferta de melhores serviços e de uma infraestrutura mais completa nas cidades”, afirma ele.

Vale ressaltar que a cidade de Curitiba recebe a segunda edição brasileira do evento, marcado para os dias 21 e 22 de março de 2019. Saiba mais aqui.

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