Em seu discurso, ele afirmou que se trata de mais um passo para “tornar a França um modelo na luta contra as mudanças climáticas”.
O presidente da França, Emmanuel Macron, anunciou durante a última edição do Fórum Econômico Mundial, realizada entre os dias 23 e 26 de janeiro em Davos, na Suíça, que o país irá fechar todas as suas usinas de carvão até 2021. Em seu discurso, ele afirmou que se trata de mais um passo para “tornar a França um modelo na luta contra as mudanças climáticas”.
Modelo de geração energia considerado dos mais poluentes, as usinas à base de carvão representam menos de 2% da energia gerada pela França, gerando 10,9 bilhões de GWh de energia anualmente, segundo a Agência Internacional de Energia. Já havia um plano estipulado para desativar as quatro plantas do tipo até 2023, mas o presidente Macron decidiu acelerá-lo para reforçar seu compromisso com a sustentabilidade. Segundo ele, cumprir esse compromisso representará ainda “uma enorme vantagem em termos de atratividade e competitividade econômica” ao país.
Apesar de caminhar em direção à sustentabilidade, a política francesa corre no rumo contrário à adotada pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que, além de retirar seu país do Acordo Climático de Paris, anunciou a intenção de conceder novos subsídios às usinas de carvão norte-americanas, defendendo os empregos gerados e sua importância para a matriz energética. Por lá, 531 plantas do tipo foram fechadas entre 2002 e 2016, mas o carvão ainda é responsável por 30% da energia elétrica gerada.
No Brasil, são 26 usinas termoelétricas à base de carvão, gerando 2,2% da energia elétrica consumida no país, de acordo com a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). São 22 usinas, que somam 3,7 gigawatts de capacidade instalada. Nos últimos anos, cresceu o interesse de investidores chineses em ampliar esse parque.
Fonte: The Independent